Economia

Há boa aproximação de Dilma e empresários, diz Abílio Diniz

Abilio avaliou que o momento de instabilidade no Brasil é fruto de uma crise política e defendeu que uma "união dos brasileiros" seria a saída


	Abilio Diniz: "No momento em que voltarmos a investir, esse País explode, mas nós do setor privado ficamos com medo e nos retrancamos, não investimos nada"
 (AFP/Getty Images)

Abilio Diniz: "No momento em que voltarmos a investir, esse País explode, mas nós do setor privado ficamos com medo e nos retrancamos, não investimos nada" (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2015 às 14h27.

São Paulo - O empresário Abilio Diniz afirmou que existe uma "boa aproximação" entre o governo Dilma Rousseff e o empresariado brasileiro.

Em entrevista a jornalistas, depois de um evento de varejo em São Paulo, no entanto, o executivo afirmou que não participou de qualquer encontro recente com a cúpula do governo porque passou muito tempo fora do Brasil.

Abilio avaliou que o momento de instabilidade no Brasil é fruto de uma crise política e defendeu que uma "união dos brasileiros" seria a saída. Mais cedo em uma palestra, ele afirmou que o empresariado brasileiro precisa voltar a investir.

"No momento em que voltarmos a investir, esse País explode, mas nós do setor privado ficamos com medo e nos retrancamos, não investimos nada", declarou. Na sequência, ele ponderou que as companhias nas quais atua, o Carrefour e a BRF, estão "investindo pesado".

"O que temos de fazer é administrar bem as nossas empresas porque o Brasil tem uma grande crise de falta de produtividade e não estamos sendo produtivos", acrescentou.

O empresário não quis comentar com os jornalistas a entrevista da presidente Dilma Rousseff na qual ela afirma que o governo demorou a perceber a gravidade da crise econômica e falou sobre a decisão de cortar o número de ministérios.

Anteriormente, porém, ele lembrou que no início do primeiro mandato da presidente Dilma, ao participar de uma câmara de gestão criada para reunir empresários e membros do governo, defendeu uma redução no número de ministérios.

"Sugeri que se reduzisse para 11 o número de ministérios e na verdade o número aumentou", afirmou. "A máquina é tão complexa que leva a isso, tem coisas das quais se é refém", completou.

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