Economia

Guerra comercial pode limitar ganhos de mercados emergentes, diz Fitch

Tony Stringer, diretor-gerente da Fitch, disse que qualquer movimento positivo por conta da guerra travada entre China e EUA deve ter vida curta

CHINA E EUA: encontro em Washington entre hoje e amanhã pode estender o prazo de trégua ou até confirmar um acordo definitivo  / Andy Wong/Pool via REUTERS (Andy Wong/Pool/Reuters)

CHINA E EUA: encontro em Washington entre hoje e amanhã pode estender o prazo de trégua ou até confirmar um acordo definitivo / Andy Wong/Pool via REUTERS (Andy Wong/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de junho de 2019 às 14h25.

Última atualização em 21 de junho de 2019 às 06h36.

Londres - Uma política monetária mais frouxa dos principais bancos centrais do mundo vai ajudar a aliviar parte da pressão sentida pelos mercados emergentes, mas as tensões comerciais entre Estados Unidos e China permanecem como uma preocupação urgente, disse uma autoridade de alto escalão da Fitch Ratings.

Turquia, Rússia e África do Sul estão entre os que se beneficiaram de ativos de alto rendimento nos últimos dias, ao passo que investidores apostaram que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, irá reduzir juros no mês que vem e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, indicou a possibilidade de mais afrouxamento monetário pela instituição.

O rublo russo saltou para seu maior patamar desde agosto de 2018, enquanto o bônus sul-africano denominado em dólar com vencimento em 2044 chegou ao seu maior valor desde janeiro de 2018.

Mas o diretor-gerente da Fitch, Tony Stringer, disse que qualquer movimento positivo deve ter vida curta.

"Políticas monetárias mais acomodadas dos principais bancos centrais, incluindo o Fed e o BCE, podem em alguma extensão mitigar algumas das pressões sentidas pelos principais mercados emergentes, mas não achamos que será suficiente para evitar todo o dano que pode vir de uma escalada na tensão comercial entre os EUA e a China", disse Stringer.

Mais afrouxamento monetário do Fed não garantirá o reinício dos fluxos de capital para os mercados emergentes, acrescentou ele, apontando a queda nos fluxos de capital para os mercados emergentes em abril e maio, mais após o Fed adotar uma postura mais amena.

"Além das tensões comerciais, outros fatores que estão pesando muito sobre os mercados emergentes mais no geral são a queda na manufatura e investimentos globais, e esses fatores combinados em nossa visão vão ofuscar qualquer benefício que possa ver de políticas monetárias acomodadas", disse.

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