Economia

Guedes: Governo fará estímulos de curto prazo após reforma da Previdência

O ministro da Economia foi convocado nesta terça-feira pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados

Paulo Guedes, ministro da Economia (Andre Coelho/Bloomberg)

Paulo Guedes, ministro da Economia (Andre Coelho/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 4 de junho de 2019 às 16h21.

Última atualização em 4 de junho de 2019 às 16h52.

Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que após a reforma da Previdência o governo quer soltar alguns estímulos de curto prazo para revigorar a economia, citando a liberação de recursos do PIS/Pasep e o Plano Mansueto, para socorro aos Estados.

Em sua fala inicial na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, Guedes disse ainda não ser possível lançar esses estímulos sem que os fundamentos econômicos sejam corrigidos.

Depois da reforma previdenciária, o governo quer ainda enviar ao Congresso o projeto para lançar o regime de capitalização --ou poupança garantida, como disse o ministro--, além de uma reforma tributária tramitando pela Câmara dos Deputados e o pacto federativo, atualmente no Senado.

"Minha melhor informação me sugere ser esse o caminho", afirmou Guedes, após ser convocado ao colegiado para explicar os impactos econômicos e financeiros da reforma da Previdência.

Reforma fiscal ajudará a reduzir juros da dívida

Guedes disse também que os juros da dívida pública são uma despesa “desafortunada”. “Essa herança maldita de R$ 5 trilhões é um absurdo, uma irresponsabilidade fiscal. Isso é literalmente colocar o País no buraco”, afirmou, na Comissão de Finanças de Tributação.

Segundo ele, com as reformas fiscais, os juros dessa dívida podem ser reduzidos. “Além disso, entram as privatizações, com recursos para abatermos parte desse endividamento. Pegamos o ativo imobilizado que não é gerido direito e reduzimos a dívida. Vamos nos livrar dessa despesa de péssima qualidade”, completou.

O ministro da Economia admitiu ainda que a reforma tributária defendida pelo governo deve acabar com a possibilidade de descontar gastos com Saúde e Educação do Imposto de Renda. “A ideia é reduzir impostos. Então não vamos precisar manter isenções. Com a criação de um imposto único federal, também queremos acabar com impostos indiretos, como sobre o feijão, arroz”, afirmou, na CFT da Câmara.

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