Economia

Guedes: Governo estuda subsidiar diesel se guerra na Ucrânia se prolongar

Guedes disse que o projeto aprovado no Senado nesta quinta alterando a taxação dos combustíveis ameniza em cerca de dois terços o reajuste de preços do diesel anunciado

Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala com a imprensa no Palácio do Planalto em Brasília
 (Adriano Machado/Reuters)

Ministro da Economia, Paulo Guedes, fala com a imprensa no Palácio do Planalto em Brasília (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 11 de março de 2022 às 07h58.

 O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que caso haja uma escalada do impacto da guerra na Ucrânia sobre os preços de combustíveis, com uma prolongação do conflito, o governo pode pensar em adotar um subsídio para o diesel.

"Se isso se resolve em 30, 60 dias, a crise estaria mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita, vira uma escalada, aí, sim, você começa a pensar em subsídio para diesel", afirmou a jornalistas na portaria do ministério.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso.

Falando ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Guedes disse que o projeto aprovado no Senado nesta quinta alterando a taxação dos combustíveis ameniza em cerca de dois terços o reajuste de preços do diesel anunciado mais cedo. O alívio, segundo o ministro, será de 60 centavos de real por litro.

O cálculo foi antecipado pela Reuters nesta tarde depois que a Petrobras anunciou um aumento de 90 centavos no preço médio do litro do diesel em suas refinarias (+24,93%) e de 61 centavos para a gasolina (+18,77%).

O impacto da isenção do PIS/Cofins será de 18 a 19 bilhões de reais para o governo federal, disse o ministro, e a mudança na incidência do ICMS terá um custo de 15 a 16 bilhões de reais para os Estados.

"Por enquanto, a ideia é o seguinte, o primeiro choque foi absorvido, agora vamos observar", disse Guedes.

O ministro afirmou, ainda, que o governo "nunca" pensou em alterar a política de preços da Petrobras e ressaltou que esse é um problema da empresa sobre o qual o seu ministério não tem ingerência.

Sobre a conta de estabilização dos preços dos combustíveis também aprovada no Senado nesta quinta, Guedes disse tratar-se de um instrumento que ficaria à disposição, mas que não está nos planos do governo no momento.

Leia mais

Acompanhe tudo sobre:Combustíveiseconomia-brasileiraGasolinaÓleo dieselPaulo GuedesPetrobras

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto