Economia

Guedes critica FMI e diz que fundo deve fazer previsões em outro lugar

Ele lembrou das previsões do fundo de retração próxima a 10% do produto interno bruto (PIB) no ano passado, o primeiro da pandemia. No fim, a queda foi de 3,9%

Guedes: após repetir que o Brasil "surpreendeu o mundo" ao cair menos da metade do que era esperado, a "desgraça" agora está sendo prevista para o ano que vem. "Eles vão errar de novo" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Guedes: após repetir que o Brasil "surpreendeu o mundo" ao cair menos da metade do que era esperado, a "desgraça" agora está sendo prevista para o ano que vem. "Eles vão errar de novo" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 19h30.

Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 19h47.

Em mais uma crítica às previsões negativas sobre a economia brasileira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira que está dispensando missões ao Brasil do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Estamos dispensando a missão do FMI ... Dissemos para eles fazerem previsão em outro lugar", declarou Guedes durante encontro com empresários na Fiesp.

Ele lembrou das previsões do fundo de retração próxima a 10% do produto interno bruto (PIB) no ano passado, o primeiro da pandemia. No fim, a queda foi de 3,9%.

Após repetir que o Brasil "surpreendeu o mundo" ao cair menos da metade do que era esperado, a "desgraça" agora está sendo prevista para o ano que vem. "Eles vão errar de novo."

Ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, no evento que acontece na sede da Fiesp, Guedes disse que o foco do governo no primeiro ano do mandato era controlar as "disfuncionalidades econômicas", referindo-se ao desequilíbrio das contas públicas.

"Jogamos, primeiro, na defesa, controlando as pequenas despesas. Quando fomos ao ataque, a covid nos atingiu", lembrou Guedes, citando a necessidade de aumentar as despesas no enfrentamento da crise sanitária.

Ele salientou que, com a reforma da Previdência e a redução de juros, o governo conseguiu economizar 100 bilhões de reais por ano, ou 1 trilhão de reais em uma década, além de 160 bilhões de reais poupados em dois anos com o congelamento de salários do funcionalismo.

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