Caminhões: economistas acreditam que a influência sobre os indicadores de inflação deve ser momentânea (Gervásio Baptista/ABr)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 17h45.
Rio - O desabastecimento de alimentos por conta da greve de caminhoneiros não deve ocasionar aumento de preços e se refletir no bolso do consumidor por muito tempo. Economistas acreditam que a influência sobre os indicadores de inflação deve ser momentânea, apenas em alguns dias do mês de agosto.
"Parte dos produtos transportados é perecível, têm data para ser entregue. A greve não deverá durar muito tempo. Se acabar na próxima semana, a repercussão na inflação será de poucos dias e deverá ser nula no fechamento do mês", acredita o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.
O prazo para que o abastecimento seja restabelecido, no entanto, deve considerar também o tempo necessário de transporte de um novo carregamento, ressalta o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Bruno Fernandes. Como a maioria dos produtos é composta por hortaliças e legumes, que estragam com facilidade, é provável que a logística tenha que ser reiniciada após o fim da greve. "Ainda assim, não é esperado grande impacto sobre a inflação", afirmou.