Economia

Grécia recebe 25 bi da eurozona para recapitalizar bancos

O primeiro-ministro destacou que a recapitalização do setor é uma ''precondição'' para reativar a ''economia real''

No total, os membros da eurozona pretendem destinar 50 bilhões do último plano de resgate para recapitalizar o setor bancário grego (Louisa Gouliamaki/AFP)

No total, os membros da eurozona pretendem destinar 50 bilhões do último plano de resgate para recapitalizar o setor bancário grego (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 19h30.

Atenas - A Grécia recebeu 25 milhões de euros da eurozona para recapitalizar seus bancos, enfraquecidos pelo perdão que reduziu pela metade a dívida estatal em mãos de instituições privadas, informou nesta sexta-feira o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.

''Ontem (quinta-feira) recebemos 25 milhões do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira para reforçar o capital de nosso sistema bancário'', disse Papademos durante uma conferência econômica em Atenas.

O primeiro-ministro destacou que a recapitalização do setor é uma ''precondição'' para reativar a ''economia real'' e permitir que a Grécia volte a crescer após cinco anos de recessão.

No total, os membros da eurozona pretendem destinar 50 bilhões do último plano de resgate para recapitalizar o setor bancário grego, que enfrenta perdas milionárias devido ao perdão de 50% dos 206 bilhões de euros da dívida pública em mãos privadas.

''O governo está tratando de fazer todo o possível para assegurar que os recursos financeiros cheguem à economia real'', explicou Papademos, segundo o jornal ''Kathimerini''.

Os quatro principais bancos gregos, que controlam cerca de 75% do mercado do país, anunciaram hoje perdas recordes no último trimestre, que somam 24 bilhões de euros.

Em troca de sua participação no perdão, o Banco Nacional, o Eurobank, o Alpha Bank e o Banco do Pireo receberão uma injeção de fundos para cumprir com as exigências de capitalização das autoridades financeiras europeias.

Papademos disse que os bancos que receberam o financiamento devem assegurar que o dinheiro chegue por meio de empréstimos para as pequenas e médias empresas, o que reativaria uma economia que no ano passado teve uma queda do PIB de 6,7%.

A Grécia evitou a quebra de sua economia graças a dois programas internacionais de ajuda, que somam 240 bilhões de euros, recebidos em troca da realização de medidas de austeridade fiscal. 

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