Economia

Grécia precisa de acordo até 24 de abril, diz ministro

País ofereceu um novo pacote de reformas na semana passada na esperança de destravar os fundos remanescentes de seu programa de resgate


	Yanis Varoufakis, após conversa com Christine Lagarde, do FMI: "Não vamos condenar o país, como governos anteriores fizeram"
 (REUTERS/Mike Theiler)

Yanis Varoufakis, após conversa com Christine Lagarde, do FMI: "Não vamos condenar o país, como governos anteriores fizeram" (REUTERS/Mike Theiler)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2015 às 08h18.

Atenas - A Grécia tem que alcançar um esboço de acordo sobre financiamento com seus credores na reunião de ministros das Finanças da zona do euro em 24 de abril, afirmou o ministro das Finanças do país, Yanis Varoufakis, a um jornal grego nesta segunda-feira.

"(Na reunião do) Eurogrupo de 24 de abril precisa haver uma conclusão preliminar (das negociações), conforme o acordo do Eurogrupo de 20 de fevereiro", disse Varoufakis ao jornal Naftemporiki.

A Grécia ofereceu um novo pacote de reformas na semana passada na esperança de destravar os fundos remanescentes de seu programa de resgate, mas seus credores União Europeia e FMI ainda não aprovaram as propostas.

Atenas não recebe ajuda de resgate desde agosto do ano passado e tem sido bastante pressionada para cobrir os pagamentos em meio à falta de dinheiro, recorrendo a medidas como empréstimo de entidades estatais.

Uma fonte com conhecimento do assunto disse à Reuters no mês passado que a Grécia tem fundos suficientes para até 20 de abril.

Varoufakis afirmou no domingo, após reunião com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, que a Grécia pretende cumprir todas as obrigações com todos os seus credores, em uma ação para acalmar os temores de um possível default antes do pagamento de um empréstimo do FMI de 450 milhões de euros ainda nesta semana.

Ele disse ao jornal que o novo governo, confrontado com um aperto de liquidez, quer que as negociações sejam concluídas "o mais breve possível" mas que não vai aceitar termos que sufoquem a economia.

"Não vamos condenar o país, como governos anteriores fizeram, a um sufocamento de longo prazo", disse Varoufakis ao jornal.

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