Alexis Tsipras: "nós garantimos que vamos atingir o superávit, mesmo que tenhamos que usar o 'freio fiscal', mas só uma vez, em 2018", disse Tsipras (Ronen Zvulun/REUTERS)
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2016 às 21h46.
Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, disse que o país não será capaz de atingir sua meta do superávit primário do Orçamento depois de 2018 - quando expira o pacote de ajuda ao país -, e pediu para que os credores negociem metas mais baixas.
"Nós garantimos que vamos atingir o superávit, mesmo que tenhamos que usar o 'freio fiscal', mas só uma vez, em 2018", disse Tsipras, em uma coletiva concedida a jornalistas nesta quarta-feira.
Sob os termos do terceiro pacote de resgate firmado no último verão (do Hemisfério Norte), a Grécia teria de aumentar seu superávit primário, excluindo juros, para 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2018 e manter a meta no médio prazo.
Os legisladores gregos determinaram um mecanismo fiscal que corta os gastos do Estado automaticamente caso o país perca as metas do Orçamento definidas nos acordos dos resgates.
O premiê grego diz que manter a meta constante "é uma piada; um conto de fadas". "Estamos dizendo (aos credores) para olharmos para o que vai acontecer na próxima década e definirmos uma meta sensível de 1,5% a 2%", disse.
A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Mecanismo de Estabilidade Europeu dizem que as metas estabelecidas para a Grécia são razoáveis e que mesmo o mais pessimista dos credores acredita que o superávit primário do país pode exceder os 3% de 2018 a 2020.
Mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que os gregos não serão capazes de atingir superávits acima de 1,5% nas próximas décadas. Fonte: Dow Jones Newswires.