Economia

Grécia e zona do euro concordam em retomar negociações de resgate

Grécia aceitou legislar reformas que serão adotadas a partir de 1º de janeiro de 2019, sob a condição de que o impacto fiscal seja neutro

Conversas sobre o plano de resgate da Grécia ficaram paralisadas por atrasos nas reformas de Atenas e desacordos entre os próprios credores (Oli Scarff/Getty Images)

Conversas sobre o plano de resgate da Grécia ficaram paralisadas por atrasos nas reformas de Atenas e desacordos entre os próprios credores (Oli Scarff/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 14h27.

Atenas - Os ministros das Finanças da zona do euro e a Grécia concordaram nesta segunda-feira em retomar as negociações sobre a revisão do resgate na próxima semana, disse uma autoridade do governo grego.

"O acordo inclui a condição inviolável que foi estabelecida pelo lado grego para nem mais um euro de austeridade", disse o funcionário do governo.

A Grécia aceitou legislar reformas que serão adotadas a partir de 1º de janeiro de 2019, sob a condição de que o impacto fiscal seja neutro, disse o funcionário.

As conversas sobre o plano de resgate da Grécia ficaram paralisadas por atrasos nas reformas de Atenas e desacordos entre os próprios credores sobre se o Fundo Monetário Internacional participaria do resgate, negociado em meados de 2015 e avaliado em até 86 bilhões de euros.

Um ministro das Finanças da zona do euro, em discussões em Bruxelas, disse à Reuters: "Não houve discussão substancial, mas um acordo para que as Instituições retornem. Uma boa notícia sob as circunstâncias."

O funcionário grego não se referiu à possibilidade de o FMI fazer parte do resgate.

O funcionário disse que os tecnocratas que representam os credores vão retornar a Atenas imediatamente após 27 de fevereiro, com vistas a "concluir um acordo dentro de poucos dias".

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaGréciaZona do Euro

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto