Parlamento grego em Atenas: fonte do ministério das Finanças grego afirmou que acordo inclui reformas nos setores de saúde, trabalho e alimentação (Kostas Tsironis/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 16h32.
Atenas - A Grécia chegou a um acordo com os seus credores internacionais e deverá receber a liberação de mais uma parcela de um empréstimo de longo prazo que tem sido negociado desde setembro do ano passado, informou hoje o ministro das Finanças, Yiannis Stournaras.
Falando a imprensa junto com o primeiro-ministro, Antonis Samaras, Stournaras disse que os detalhes do acordo com a Troica - formada pela União Europeia, Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - será anunciado mais tarde.
O ministro, no entanto, adiantou que cerca de 500 milhões de euros - parte do superávit primário de 2013 - será gasto em políticas sociais de apoio aos desempregados e pessoas de baixa renda.
Uma fonte do ministério das Finanças grego afirmou à Market News International que o acordo inclui reformas nos setores de saúde, trabalho e alimentação.
Samaras afirmou que o acordo prevê que "medidas de austeridade não serão necessárias" e que o seu governo já entregou todas as promessas feitas aos credores internacionais, incluindo a realização de um superávit primário um ano antes do previsto e retornar o crescimento econômico após seis anos de recessão.
Um alto funcionário do Eurogrupo disse que o acordo da Grécia com seus credores internacionais é um passo para a direção certa, mas que algumas questões ainda permanecem em aberto e serão apuradas em reunião do Eurogrupo e do Ecofin com o governo grego em 1º de abril.
O funcionário destacou ainda que, mesmo que o acordo seja positivo, isso não significa que o desembolso será automático. Atualmente, a UE e o FMI estão retendo um total de mais de 10 bilhões de euros em ajuda financeira, à espera de avaliação para ser concluído.
"Deixamos claro para o governo grego que as medidas devem ser apresentadas e aprovadas pelo parlamento nacional antes do novo auxílio ser liberado", disse. Fonte: Market News International.