O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras: "nos próximos meses veremos, acho, que o desemprego cairá e que começará a recuperação econômica" (Yves Herman/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 10h56.
Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, afirmou nesta sexta-feira que a economia helena crescerá já neste ano e que espera que a partir do segundo semestre, o país possa voltar a se financiar nos mercados.
"Nos próximos meses veremos, acho, que o desemprego cairá e que começará a recuperação econômica. Haverá crescimento", disse Samaras durante um encontro em Atenas com correspondentes estrangeiros.
O primeiro-ministro grego acrescentou que a "recuperação já começou", ao mesmo tempo em que assinalou que os mercados também se mostram "otimistas".
As autoridades gregas estimam para 2014 um crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Os mercados querem estabilidade. Esperamos voltar aos mercados no segundo semestre de 2014", disse.
Samaras reiterou a intenção de seu Governo de não solicitar um terceiro programa de assistência à eurozona, e com relação ao que o país tem atualmente, afirmou que "quando um tem um programa, é preciso cumprí-lo. Nós vamos em frente".
O atual programa de ajuda ao país heleno expira em 2014, e alguns países do Eurogrupo consideraram no final de 2013 que a Grécia não poderá resolver seus problemas econômicos neste ano, por isso que eventualmente poderia necessitar de um terceiro resgate.
O primeiro-ministro apontou também que a Grécia terá neste ano um excedente primário, que não quantificou.
Por isso, o líder indicou que deveria de ter um alívio da dívida grega segundo o estipulado com os países do Eurogrupo em sua reunião de novembro de 2012.
Os avanços da Grécia não poderão ser avaliados até abril, quando a Eurostat publicar os dados sobre o déficit dos membros comunitários e o Eurogrupo analisar a sustentabilidade da dívida.
Samaras ressaltou que os gregos passaram por um processo "muito doloroso... Fizemos o que tínhamos que fazer", ao mesmo tempo em que assinalou que acometeram cortes equivalentes a 30% do PIB.
Sobre a utilização desse excedente primário que o país terá, o primeiro-ministro informou que chegou a um acordo com a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para que 70% "seja destinado ao povo grego".
Além disso, o líder indicou que prova que a recuperação começou é que o Governo já abonou 7 bilhões de euros que tinha em atrasos a funcionários e aposentados, entre outros.
Samaras também confiou em que parte da recuperação da economia grega virá do setor do turismo.