Economia

Grandes bancos dos EUA superam "teste de estresse" do Fed

Os esforços para aumentar seu capital desde a crise financeira americana permitiram que 17 das 18 instituições analisadas superassem o índice de 5% de capital de maior qualidade


	Fed: os bancos submetidos aos novos testes de resistência perante um cenário de crise financeira extrema são detentores de mais de 70% dos ativos bancários dos EUA
 (REUTERS/Larry Downing)

Fed: os bancos submetidos aos novos testes de resistência perante um cenário de crise financeira extrema são detentores de mais de 70% dos ativos bancários dos EUA (REUTERS/Larry Downing)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 08h03.

Washington - Os maiores bancos dos Estados Unidos têm capital suficiente para suportar uma grave recessão econômica, e praticamente todos superaram os "testes de estresse" financeiro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), informou nesta quinta-feira o organismo.

Os esforços dos bancos para aumentar seu capital desde a crise financeira americana, que começou em 2007, permitiram que 17 das 18 instituições analisadas superassem o índice de 5% de capital de maior qualidade, o mínimo fixado pelo Fed.

Os bancos submetidos aos novos testes de resistência realizados pelo organismo perante um cenário de crise financeira extrema são detentores de mais de 70% dos ativos bancários dos EUA.

"Os maiores holdings bancários do país estão, em conjunto, em uma posição de capital muito mais forte do que antes da crise financeira", disse o Fed em comunicado.

Apenas o Ally Financial ficou abaixo do índice de 5%, enquanto o Morgan Stanley alcançou 5,7% e o Goldman Sachs Group atingiu 5,8%.

O cenário hipotético enfrentado pelos bancos nesse segundo teste era especialmente severo: 12,1% de desemprego, 50% de perda em seus ativos em bolsas de valores e queda de 20% do mercado imobiliário.

As perdas conjuntas das 18 entidades analisadas seriam de US$ 462 bilhões durante os nove trimestres de duração desse panorama econômico projetado pelo Fed.

Os critérios a cumprir nesses exames, baseados nos requisitos do tratado internacional de Basileia III, eram mais rigorosos que o mínimo de 4% de média de capital "tier 1" exigido nos testes de 2009.

No ano passado, quatro dos 19 bancos submetidos aos testes não chegaram ao mínimo pedido.

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