Economia

Para Foster, Petrobras precisa reduzir custos de operação

Segundo ela, uma das iniciativas da Petrobras para reduzir seus custos no próximo ano é o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos

Graça Foster, na sala da presidência da Petrobras: "Estou falando de custos muito mais expressivos, como o estoque de materiais” (Marcelo Correa/EXAME.com)

Graça Foster, na sala da presidência da Petrobras: "Estou falando de custos muito mais expressivos, como o estoque de materiais” (Marcelo Correa/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 14h27.

Rio de Janeiro – A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (25) que a empresa precisa reduzir os custos operacionais para melhorar os resultados financeiros. A declaração foi feita durante apresentação do Plano de Negócios 2012-2016, na sede da estatal petrolífera, no Rio de Janeiro.

“Não estou falando da redução dos custos para a festa de Natal dos empregados. Estou falando de custos muito mais expressivos, como o estoque de materiais, a importação de produtos, nosso custo de extração, de refino e de movimentação”, disse Graça Foster.

Segundo ela, uma das iniciativas da Petrobras para reduzir seus custos no próximo ano é o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos, que hoje concentra cerca de 80% da produção nacional de petróleo.

O plano de negócios prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões até 2016. Os recursos virão principalmente do fluxo de caixa da empresa (US$ 136 bilhões) e de captações no mercado (US$ 80 bilhões).

“A previsão de aumento de investimento para realização das metas deverá ser discutida com o colegiado da companhia. O diretor não tem a autorização de decidir, ele próprio, fazer investimentos acima do que está previsto”, disse Graça Foster.

Em relação ao aumento do preço dos combustíveis nas refinarias a partir de hoje, a presidente da Petrobras disse que a empresa precisa discutir de forma permanente o assunto, internamente e com o governo.

A Petrobras adota uma política de preços que prevê reajustes a partir de perspectivas do valor do petróleo no mercado internacional a longo prazo, ou seja, que evita repassar a volatilidade desse preço.

Se essa política gerou ganhos à empresa entre 2008 e 2010, quando houve uma queda no preço do mercado internacional, em 2011 a Petrobras teve perdas com a valorização do petróleo no mundo e o aumento da importação de combustíveis.

“É fundamental que, permanentemente, estejamos discutindo a nossa capacidade de investimento diante da pressão no caixa da companhia, quando temos um aumento de importação de gasolina, como aconteceu neste ano. Aí tivemos, sim, que discutir esse aumento do preço de combustível que se verifica a partir de hoje”, disse.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGraça FosterIndústria do petróleoInvestimentos de empresasMulheres executivasOrçamento federalPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto