Economia

GP e Neoenergia têm interesse em distribuidoras da Eletrobras

As empresas somam-se a outros investidores que já demonstraram publicamente interesse nos ativos

Eletrobras: o governo anunciou em agosto passado planos de desestatizar a Eletrobras (Thinkstock/Reprodução)

Eletrobras: o governo anunciou em agosto passado planos de desestatizar a Eletrobras (Thinkstock/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 18h16.

Rio de Janeiro - A gestora de recursos GP Investimentos e a elétrica Neoenergia, controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, estão no rol de interessados no leilão de privatização de seis distribuidoras de eletricidade da estatal Eletrobras, que governo e empresa esperam realizar até abril, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto.

As empresas somam-se a outros investidores que já demonstraram publicamente interesse nos ativos, como as elétricas brasileiras Energisa e Equatorial, a italiana Enel e a gestora de recursos Vinci.

O governo do presidente Michel Temer anunciou em agosto passado planos de desestatizar a Eletrobras como um todo, mas a venda das distribuidoras, que atuam no Norte e Nordeste e são fortemente deficitárias, deverá acontecer antes.

A venda das distribuidoras é vista como importante para garantir o interesse de investidores na privatização da maior holding de energia da América Latina. A desestatização da Eletrobras tem sido prometida pelo governo ainda para 2018.

A fonte, próxima às negociações para a privatização, disse ainda acreditar que nenhuma empresa irá dominar a licitação das distribuidoras, o que provavelmente resultará em uma "pulverização" dos ativos, com diferentes vencedores.

"Interesse, tem. A impressão é que dificilmente um mesmo grupo ficará com as empresas. Está mais para pulverizar", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato porque as tratativas com os possíveis investidores são sigilosas.

Procuradas, GP Investimentos e Neoenergia não comentaram de imediato.

O modelo proposto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a privatização das distribuidoras prevê que a Eletrobras assuma cerca de 11,2 bilhões em dívidas das empresas para vendê-las a um valor simbólico de 50 mil reais.

A Eletrobras ainda poderá assumir direitos e obrigações das empresas junto a fundos do setor elétrico, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).

O modelo final de venda, incluindo a assunção de dívidas, deverá ser aprovado pelos acionistas da Eletrobras em uma assembleia extraordinária convocada para 8 de fevereiro.

A fonte disse ainda estar "muito confiante" no sucesso da privatização das distribuidoras, principalmente devido ao potencial de crescimento dos mercados em que as empresas operam.

As distribuidoras da Eletrobras são responsáveis pela distribuição de energia no Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.

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