Nicolás Maduro: anúncio foi feito um dia depois que o presidente anunciou novas medidas econômicas (Miraflores Palace/Handout/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de agosto de 2018 às 12h49.
Caracas - O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou neste domingo a abertura de 300 franquias de casas de câmbio para que os venezuelanos possam realizar "livremente" a troca de divisas apesar de ainda não ter sido suspenso o controle de câmbio vigente desde 2003.
"Serão abertas 300 franquias de casas de câmbio em hotéis, aeroportos, shoppings, de maneira que qualquer pessoa, baseado no câmbio do dia, derivado dos leilões" que serão realizados pelo Banco Central da Venezuela (BCV) através do chamado sistema Dicom, possa trocar divisas, disse Rodríguez em entrevista coletiva.
Rodríguez explicou que todas as pessoas poderão ir "livremente" a estas casas de câmbio e que aquelas que "quiserem enviar divisas a seus parentes" na Venezuela poderão fazer através destas 300 franquias.
O ministro, que não informou a data na qual serão abertas estas casas de câmbio, indicou também que "será calculado o preço da moeda" baseado no leilão do dia e no preço do petro, a criptomoeda venezuelana.
Rodríguez afirmou que com isto não haverá um "mercado paralelo", pois lembrou que "vai ser estabelecido um câmbio único flutuante baseado nos leilões" que serão realizados a princípio três vezes por semana.
O BCV informará, além disso, sobre o preço do petro, o euro, a rupia e o iuane.
Este anúncio foi feito um dia depois que o presidente, Nicolás Maduro, anunciou novas medidas econômicas entre as quais está o aumento da frequência nos leilões de divisas e a vontade de estabelecer um só taxa de câmbio.
Neste nova etapa, o dólar dos leilões funcionará "com absoluta disciplina cambial", assegurou Maduro, que aposta por "jogar claro, duro e direto no sistema cambial venezuelano para ter um só taxa de câmbio definitivamente e matar o dólar criminoso". EFE