Economia

Governo se compromete a regularizar pagamentos do Minha Casa

A CBIC, que representa o setor de construção, estima que o programa tem um estoque de R$ 1,6 bilhão em pagamentos atrasados


	Dilma: com a implantação das novas regras, o governo aponta para a regularização de todas as pendências com o setor até 15 de agosto
 (Mateus Pereira/GOVBA)

Dilma: com a implantação das novas regras, o governo aponta para a regularização de todas as pendências com o setor até 15 de agosto (Mateus Pereira/GOVBA)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 17h30.

São Paulo - O governo federal se comprometeu a regularizar os pagamentos atrasados no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e sinalizou a adoção de outras medidas para atender o setor da construção, de acordo com comunicado da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A instituição explica que a proposta apresentada pelo governo envolve o desembolso de R$ 600 milhões para a quitação de parte dos passivos do programa nos primeiros dias de julho, o remanejamento dos prazos de pagamento para a faixa 1 do MCMV e a readequação do cronograma de projetos cujas obras tenham menos de 70% de execução.

Com a implantação das novas regras, o governo aponta para a regularização de todas as pendências com o setor até 15 de agosto, diz a CBIC em nota, ao acrescentar que não serão feitas novas contratações. O plano do governo foi discutido por empresários da construção, reunidos na sede da entidade em Brasília nesta terça-feira, 30.

"O governo nos dá um sinal de que deseja solucionar os problemas e vamos aguardar", afirma José Carlos Martins, presidente da CBIC. "Marcamos outra reunião para daqui 30 dias. Vamos reavaliar o cenário."

O arranjo proposto pelo governo prevê mudanças nos desembolsos do Minha Casa Minha Vida, cujas medições passarão a ser pagas com prazo de 30, 45 e 60 dias, de acordo com porte da empresa, destaca a CBIC.

A entidade, que representa o setor de construção, estima que o programa tem um estoque de R$ 1,6 bilhão em pagamentos atrasados. Há uma semana, executivos da CBIC se encontraram com representantes do governo, intensificando as negociações em torno do Minha Casa. "Nosso setor depende de planejamento e previsibilidade. Levamos isso ao governo", diz o presidente da CBIC. "Temos esperança que essa sinalização seja efetiva", frisou.

Acompanhe tudo sobre:Construção civilGoverno DilmaHabitação no BrasilMinha Casa Minha Vida

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito