Economia

Governo registra déficit fiscal de R$ 58,4 bilhões em fevereiro, puxado pela quitação de precatórios

Com os dados do mês, o resultado fiscal acumulado no ano totaliza um superávit primário de R$ 20,9 bilhões

Ministério da Fazenda: resultado das contas públicas ficou acima das expectativas de mercado que indicavam um rombo de R$ 31 bilhões (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Ministério da Fazenda: resultado das contas públicas ficou acima das expectativas de mercado que indicavam um rombo de R$ 31 bilhões (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 26 de março de 2024 às 15h01.

Última atualização em 26 de março de 2024 às 18h13.

O governo registrou um déficit fiscal de R$ 58,4 bilhões em fevereiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 26, pelo Tesouro Nacional. O resultado, o pior para o mês da história, ficou acima das expectativas de mercado que indicavam um rombo de R$ 31 bilhões e decorreu de uma receita líquida após transferências para estados e municípios de R$ 132,5 bilhões e de uma despesa pública de R$ 190,9 bilhões.

Veja abaixo o que motivou o aumento das despesas:

  • pagamento de precatórios no montante de R$ 30,1 bilhões;
  • aumento nos pagamentos de benefícios previdenciários de R$ 3,7 bilhões;
  • aumento no pagamento de benefícios de prestação continuada de R$ 1,3 bilhão;
  • aumento de R$ 5,9 bilhões nas despesas do Poder Executivo sujeitas à programação financeira

Com os dados de fevereiro, o resultado fsical acumulado no ano totaliza um superávit primário de R$ 20,9 bilhões, ante superávit de R$ 38,3 bilhões no mesmo período de 2023 (em termos nominais).

Esse resultado é composto por um superávit de R$ 61,4 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e por um déficit de R$ 40,5 bilhões na Previdência Social (RGPS).

Em termos reais, no acumulado até fevereiro, a receita líquida anotou aumento de 9,5% (+R$ 32,2 bilhões), enquanto a despesa cresceu 17,1% (+R$ 51,3 bilhões).

Acompanhe tudo sobre:Ministério da FazendaTesouro Nacional

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo