Segundo o Ministério da Economia, o crescimento das despesas acima das receitas se deveu ao pagamento de precatórios e ao aumento dos gastos com o Auxílio Brasil (RafaPress/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 29 de setembro de 2022 às 16h27.
Última atualização em 29 de setembro de 2022 às 16h46.
As contas do governo federal registraram, em agosto, um déficit primário (descontado o pagamento de juros) de R$ 50 bilhões. Os três componentes da conta apresentaram resultados negativos: o Tesouro e o Banco Central com R$ 22 bilhões e a Previdência, com R$ 28 bilhões.
Segundo o Ministério da Economia, o crescimento das despesas acima das receitas se deveu, entre outros fatores, ao pagamento de precatórios, ao aumento dos gastos com o Auxílio Brasil e ao acordo entre União e Município de São Paulo pela posse do Campo de Marte, no valor de R$ 23,9 bilhões.
No acumulado do ano, há um saldo positivo de R$ 22,2 bilhões, ante um déficit de R$ 82,1 bilhões no mesmo período de 2021. A maior arrecadação se deveu, principalmente, pelo aumento real de 9,5% das receitas tributárias, que atingiu R$ 81,5 bilhões, concentradas no imposto de renda e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Na semana passada, o governo anunciou sua previsão oficial de que haverá um superávit nas contas públicas em 2022, mesmo com todos os gastos extras feitos ao longo do segundo semestre, como o Auxílio Brasil de R$ 600. A estimativa é de uma folga de R$ 13,5 bilhões. Será a primeira vez que as contas fecham no azul desde 2013.
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