Notas de R$ 50 na Casa da Moeda: apesar de reduzir a previsão, o governo elevou a projeção de receitas primárias totais e de despesas obrigatórias (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 18h01.
São Paulo - O governo brasileiro reduziu sua previsão de crescimento da economia para este ano, numa visão mais pessimista da capacidade de reação da atividade econômica em meio à piora da confiança dos agentes econômicos.
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) caiu para 2,5 por cento, ante 3 por cento previsto em julho, de acordo com Relatório de Receitas e Despesas referente ao quarto bimestre divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Planejamento.
A projeção do governo está agora em linha com a estimativa de economistas ouvidos pelo Banco Central para o relatório Focus, de crescimento de 2,4 por cento este ano.
O governo manteve, contudo, as previsões para a inflação em 5,7 por cento; para a taxa Selic média do ano, a 8,20 por cento; e para uma taxa de câmbio média de 2,09 reais por dólar.
O governo elevou em 4,1 bilhões de reais a previsão para a receita total, em um acréscimo sustentado pelo aumento na projeção para receitas não administradas, que não foram detalhas no documento. Por outro lado, foram mantidas as receitas previstas com concessões e dividendos de empresas estatais federais.
Do lado das despesas, o documento prevê acréscimo de 4,744 bilhões de reais nos gastos públicos, por conta da estimativa de gasto de 1,968 bilhão de reais com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que está cobrindo a redução da conta de luz; de gastos adicionais de 1,5 bilhão de reais com abono e seguro desemprego; e aumento de 1 bilhão de reais das despesas com subsídios.
*Matéria atualizada às 17h50