Trecho da BR-163 que coincide com os das BR-070 e BR-364, perto de Cuiabá, no Mato Grosso (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 18h22.
Brasília - O governo pretende retomar no fim de novembro os leilões de concessão em rodovias, afirmou nesta quinta-feira, 11, o ministro dos Transportes, César Borges. Após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff, Borges disse que, no início da próxima semana, serão publicados os editais de dois trechos.
Serão oferecidos ao mercado a Rodovia BR-163 em Mato Grosso e um conjunto formado por seções das BRs-060, 153 e 262 no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Esses são os lotes que mais despertam interesse no setor privado, de acordo com o que concluiu a administração federal, após uma série de reuniões com as concessionárias e construtoras, depois que o leilão da BR-262 no Espírito Santo e em Minas Gerais não atraiu nenhum interessado. Um deles, afirmou o ministro dos Transportes, será leiloado em 27 de novembro.
O Poder Executivo espera ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprove até o fim do mês os estudos para a concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul. Se isso de fato ocorrer, será leiloada em 17 de dezembro. Já a BR-040 no trecho que sai do Distrito Federal, passa por Goiás e chega a Minas Gerais pode ficar para janeiro, embora o Executivo tenha anunciado, há apenas dez dias, que ofereceria o trecho à iniciativa privada ainda este ano. Originalmente, esse trecho deveria ter sido leiloado em janeiro de 2013.
Entre empreendedores, há dúvida sobre a atratividade dessa rodovia. Uma das causas é a retirada das praças de pedágio de Luziânia (GO) e Nova Lima (MG), que são de grande tráfego por estar nas proximidades de Brasília e Belo Horizonte, respectivamente. No início do mês, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou audiências públicas para discutir as concessões das BRs-040 e 116. Houve pouca participação. Em Brasília, a reunião foi encerrada cerca de uma hora após o início, por falta de participantes.
A BR-163 em Mato Grosso do Sul também é vista com ressalvas porque os investimentos para duplicação são grandes e, portanto, o pedágio tende a ser elevado. É a situação oposta da mesma rodovia em Mato Grosso, que já tem boa parte duplicada e previsão de pedágio baixo. Os empreendedores também veem com reserva o trecho no sul porque o asfaltamento da via rumo aos portos no Pará desviará para o Norte boa parte da carga que hoje vai para Santos (SP) e Paranaguá (PR).