A ministra Kátia Abreu informou que o Brasil dobrou sua produtividade no campo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2015 às 17h05.
São Paulo - O governo brasileiro pretende estimular a atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de modo que o país possa desenvolver ainda mais a produtividade agrícola.
O anúncio foi feito hoje (16) pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, durante palestra na abertura do 14º seminário Perspectiva para o Agrobusiness em 2015 e 2016, promovido pela BM&FBovespa, em parceria com o ministério.
Ela informou que a própria Embrapa está estudando o modelo para esse upgrade, que passa por uma grande aliança com instituições voltadas para pesquisa e inovação.
Segundo a ministra, a ideia é criar um fundo de captação de recursos internacionais com o propósito de desenvolver o setor.
“O Brasil e o único país que ainda tem terras agricultáveis e com 61% de áreas de preservação ambiental”, destacou Kátia Abreu. Para a ministra, com os recursos existentes, nos últimos dez anos o país conseguiu dobrar sua produtividade no campo.
De acordo com recente levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), só a produção de grãos da safra 2014/2015 deve crescer 5,6%, atingindo 204,5 milhões de toneladas.
O incremento é equivalente a 10,9 milhões de toneladas. Na safra de 2013/2014, o volume alcançou 193,62 milhões de toneladas. A área plantada prevista é de 57,66 milhões de hectares, rrepresentando acréscimo de 1,1%.
As estimativas mostram um ganho de 2,3 milhões de toneladas, puxado, principalmente, pelo crescimento na produtividade de soja e do milho da segunda safra.
No caso da soja, estão previstos 96 milhões de toneladas, 11,5% a mais que as 86,1 milhões da safra passada. Em relação ao milho, são 49,4 milhões de toneladas, 2% a mais que na safra passada.
Durante o encontro, Kátia Abreu rebateu críticas sobre o uso de agrotóxicos. Esclareceu que o próprio volume de exportações mostra que não há exagero no uso de defensivos agrícolas, uma vez que as mercadorias embarcadas passam por exames fitossanitários rigorosos.
Em relação às aplicações, a ministra afirmou que o Brasil segue os padrões internacionais.