Criado pela Fazenda, a ideia é ampliar o leque de discussão e pesquisa em economia, aproximando o Ministério da produção acadêmica (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2011 às 17h05.
São Paulo - O Ministério da Fazenda pretende estimular a pesquisa e a produção de textos sobre economia. Para tanto, por meio da portaria 475, publicada ontem no Diário Oficial, o gabinete do ministro Guido Mantega criou a "Série Estudos Econômicos", que permitirá a publicação de artigos técnico-científicos nos diversos ramos da economia. A ideia é que, até o final do ano, já comecem a ser publicados na página do Ministério na internet (www.fazenda.gov.br) os primeiros trabalhos.
Em entrevista à Agência Estado, Marcelo Fiche, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, explicou que a ideia é ampliar o leque de discussão e pesquisa em economia, aproximando o Ministério da produção acadêmica. O modelo é baseado nos textos de discussão publicados por órgãos do governo como Ipea e Banco Central. Ele explicou que só serão publicados textos inéditos, após análise de uma comissão composta por servidores da Fazenda que possuam doutorado. Os textos terão que conter uma nota explicando que as opiniões publicadas não representam, necessariamente, a opinião do Ministério.
"Estamos dando um incentivo para a discussão sobre política econômica e criando mais um espaço para publicação de estudos inéditos", afirmou Fiche. "Isto é bom para o Ministério, que terá maior proximidade com as mais recentes pesquisas, e também é positivo porque se amplia o debate sobre política econômica", acrescentou. Ele informou que os trabalhos poderão ser enviados ao Ministério por meio do e-mail: estudos.economicos@fazenda.gov.br. A partir da próxima semana, a página da Fazenda terá um link com esse endereço para receber os estudos.
Fiche também informou que o Ministério já acertou com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) um acordo de cooperação técnica para que a Fazenda receba pesquisadores com doutorado, por períodos de um ano, para acompanhar por dentro o trabalho do Ministério. Segundo o chefe de gabinete de Mantega, falta apenas viabilizar a parte burocrática para que a cooperação de fato se inicie. A expectativa é de que no ano que vem o convênio já tenha efetivo início.