Economia

Governo quer diluir até 2017 reajuste na luz

Reajuste que pagará empréstimo bancário feito para as distribuidoras de energia deve ser dividido em três anos em vez de dois


	Energia: socorro às distribuidoras está sendo necessário devido ao acionamento de térmicas
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Agência Brasil)

Energia: socorro às distribuidoras está sendo necessário devido ao acionamento de térmicas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 12h09.

São Paulo - O governo federal pretende diluir em três anos, e não mais em dois, o reajuste na conta de luz para pagar o <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/emprestimos">empréstimo </a></strong> bancário feito para as distribuidoras de energia, disse nesta quarta-feira o secretário-executivo do <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ministerio-de-minas-e-energia">Ministério de Minas e Energia</a></strong>, Márcio Zimmermann, à rádio CBN.</p>

O socorro às distribuidoras está sendo necessário devido ao acionamento de térmicas, cuja energia é mais cara, para atender a demanda por eletricidade, diante do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas neste ano.

Zimmermann disse à CBN que o governo pretende reajustar a conta de luz em 2,6 por cento em 2015, em 5 por cento no ano seguinte e em 1,4 por cento em 2017.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) dizia que o aumento da tarifa para pagar o empréstimo bancário tomado pelas distribuidoras ocorreria nos próximos dois anos, em 2015 e 2016.

A diluição do reajuste por um prazo maior reduz o impacto do aumento da tarifa de luz na inflação, num momento em que o IPCA se encontra sob pressão e perto do teto da meta do governo em 12 meses, que é de 4,5 pontos percentuais com margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo.

O governo ainda trabalha para levantar outros 6,5 bilhões de reais em socorro às distribuidoras, já que o empréstimo inicial de 11,2 bilhões de reais ao setor não foi suficiente. A negociação para o financiamento adicional está levando mais tempo do que se imaginava e a liquidação de pagamento pelas distribuidoras nas operações no mercado de energia elétrica referentes a maio foi adiada novamente, agora para o fim de agosto.

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