Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia no Palácio Itamaraty: os parâmetros que serão estabelecidos ainda não foram determidados (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2012 às 20h33.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff quer estabelecer metas sociais para o País, como a redução do número de famílias que vivem abaixo da pobreza, além de criar metas econômicas de longo prazo para melhorar a previsibilidade aos investidores.
De acordo com quatro fontes ligadas ao Executivo ouvidas pela Reuters, as metas não seriam formais, como é hoje a meta de inflação, mas serviriam como indicativo de como o governo quer trabalhar para garantir melhores indicadores econômicos e sociais, balizando o planejamento estratégico de longo prazo.
"Criar essas metas é importante porque orienta o trabalho do governo... Elas serão mais uma referência", afirmou uma importante fonte da equipe econômica.
Em entrevista à Reuters publicada nesta segunda-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, adiantou que uma das metas que poderão ser adotadas no próximo ano é a de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
A presidente Dilma reuniu na quinta-feira parte de seus ministros da área social e econômica para começar a tratar do assunto, e determinou que sejam elaboradas propostas de metas para 2015, 2020 e 2025, segundo as fontes. Os parâmetros que serão estabelecidos ainda não foram determidados.
A ideia, segundo as fontes, é orientar as políticas dos ministérios e levar o país para novos patamares de crescimento econômico e social nestes períodos nas seguintes áreas: desenvolvimentos econômico e social, infraestrutura e cidadania.
Uma das fontes ressaltou que as metas não estão sendo pensadas para alterar a política econômica do país para além do tripé meta de inflação, meta de superávit primário e câmbio flutuante.
Para a fonte da equipe econômica, isso é importante para não causar distorções na condução da política monetária do país.
O Banco Central, por lei, tem que conduzir a política monetária com o objetivo de levar a inflação para a meta estabelecida pelo governo, fixada em 4,5 por cento, com dois pontos percentuais para cima e para baixo de tolerância, para este e o próximo ano.
"Se você tiver uma meta de crescimento formal junto com a de inflação, corre-se o risco, em determinados momentos, ter de fazer a escolha de Sofia", resumiu a fonte.