Joaquim Levy: segundo ele, o avanço econômico do país requer três passos essenciais (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 13h13.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, nesta segunda-feira, 23, que "o governo tem de agir e consolidar um novo ambiente, que são as bases para um novo ciclo de desenvolvimento" do País.
"Na nova fase de crescimento teremos geração de tecnologia e valor agregado para o nosso mercado e o externo", comentou.
Segundo o ministro, o avanço econômico do País requer três passos essenciais.
O primeiro é a "estabilidade fiscal", que deve ajudar no financiamento da infraestrutura.
Ele destacou que a solidez das contas públicas colabora para reduzir os juros, sobretudo a curva de longo prazo, o que amplia a capacidade de crédito para o setor privado.
Por outro lado, também destacou que as debêntures de infraestrutura também tem tudo para se tornarem num importante instrumento financeiro, o que será relevante ampliação da poupança interna, o que poderia ser bem aproveitada por fundos de pensão e seguradoras.
O segundo pilar são as ações que o governo e do setor privado estão adotando para ampliar a competitividade dos produtos brasileiros e elevar a sua capacidade de exportação.
O terceiro elemento é essencial é continuidade das políticas sociais, que eleva o padrão de vida de boa parte da população, inclusive com a melhoria do nível de escolaridade e do conhecimento técnico, com destaque para alguns programas, como o Bolsa Família e o Pronatec.
O ministro também destacou que a agricultura tem sido outro fator importante que está gerando renda e elevando o bem estar de parte significativa dos brasileiros.
"Temos confiança no que estamos fazendo. O Brasil é estável, com segurança de adaptação e temos liberdade para avançar. Raramente há retrocessos no Brasil, o que é mais importante para quem investe", destacou Levy.
Ele ressaltou que o País é dinâmico, a inserção mundial precisa ser bem analisada e o governo está disposto a "dar passos relevantes" nessa direção.
"Saber que não há guinadas significativas, num ambiente de democracia é uma força do País", disse.
"Acredito mais em ter coisas sólidas e claras do que ter grandes programas para isso. É a estabilidade do País que fará o investimento render", destacou Joaquim Levy.
"O importante é dar garantias para os investimentos, seja nacional ou estrangeiro. Nos últimos 100 anos, não tivemos um episódio sério contra o investimento estrangeiro.
O ministro ponderou que garantir a ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo doméstica é a "melhor proteção" para os investimentos estrangeiros.
Ele fez os comentários em palestra em São Paulo, promovida pela Câmara do Comércio França-Brasil com empresários.