Economia

Governo prepara decreto que deve viabilizar privatização da Cesp

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, quer viabilizar uma renovação do prazo das concessões das hidrelétricas da companhia

CESP: a Cesp opera três usinas hidrelétricas no Estado de São Paulo (Marcos Issa/Bloomberg)

CESP: a Cesp opera três usinas hidrelétricas no Estado de São Paulo (Marcos Issa/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 15h40.

São Paulo - O governo federal prepara um decreto que deve ajudar o governo do Estado de São Paulo a viabilizar a privatização da Cesp, suspensa por autoridades paulistas no final do ano passado, disse à Reuters nesta quinta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa.

Um leilão para a venda da fatia do governo paulista na companhia chegou a ser agendado para 26 de setembro passado, mas após uma falta de interessados a administração de São Paulo decidiu tentar negociar com a União condições mais favoráveis para a desestatização da elétrica.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, quer viabilizar uma renovação do prazo das concessões das hidrelétricas da companhia, que vencem entre 2020 e 2028, para atrair mais investidores para o negócio.

Segundo Pedrosa, o decreto em preparação no governo federal deverá detalhar condições para uma "venda combinada" da elétrica paulista, que assim geraria arrecadação maior tanto para a União quanto para o governo de São Paulo.

Ele não deu detalhes sobre a medida.

O preço definido para o leilão da Cesp antes da suspensão do processo era de 16,80 reais por ação do bloco de controle.

As ações ordinárias da Cesp chegaram a operar próximas de 19 reais em abril do ano passado, em meio às expectativas pela privatização, mas depois caíram para quase 12 reais com a suspensão do processo.

Nesta semana os papéis ordinários da companhia acumulam alta de quase 11 por cento, após o governador Geraldo Alckmin afirmar em eventos públicos que a privatização deve ser levada adiante ainda em 2018.

Atualmente, a Cesp opera três usinas hidrelétricas no Estado de São Paulo (Porto Primavera, Jaguari e Paraibuna), com 1,65 gigawatts.

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