Carne bovina: a Organização Mundial da Saúde Animal mantém o Brasil na categoria de país com risco "insignificante" de apresentar o mal da vaca louca (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 05h06.
Brasília - A ministra interina de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, disse nesta quarta-feira que o país pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a decisão de vários países de suspender as importações da carne bovina brasileira após a detecção de um caso atípico do mal da vaca louca.
Tatiana Prazeres disse que o governo considera que não existe justificativa para a proibição anunciada por vários países, entre eles África do Sul, China, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Japão. O Chile proibiu a compra apenas da farinha de carne e ossos do rebanho bovino brasileiro.
O governo informou em 7 de dezembro sobre um caso "não clássico" de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença conhecida como "mal da vaca louca", detectado em um animal morto em 2010 no estado do Paraná.
De acordo com a versão oficial, os resultados de um laboratório britânico revelaram que o animal tinha o agente que desencadeia a EEB, embora não tenha manifestado a doença e nem morrido por essa causa.
O mal da vaca louca é transmissível aos humanos, caso no qual recebe o nome de doença de Creutzfeldt-Jakob. A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) mantém o Brasil na categoria de país com risco "insignificante" de apresentar o problema, apesar da detecção do caso atípico, o primeiro no país.