Prédio do Ministério da Economia, em Brasília (Adriano Machado/Reuters)
Alessandra Azevedo
Publicado em 17 de março de 2022 às 06h00.
O Ministério da Economia pode apresentar nos próximos dias um pacote de crédito de 100 bilhões de reais para micro, pequenas e médias empresas, prometido pelo ministro Paulo Guedes a empresários em fevereiro. A ideia é que microempreendedores individuais (MEI) também tenham acesso aos recursos.
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A equipe econômica pretende retomar duas linhas criadas durante a pandemia de covid-19: o Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe) e o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac). O pacote será voltado para microempreendedores individuais (MEI) e empresas com faturamento anual de até 300 milhões de reais.
As medidas ainda estão em fase de análise. O governo estuda, por exemplo, se serão necessários novos aportes ao Fundo Garantidor de Operações (FGO) e ao Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), que cobrem perdas dos bancos e em caso de não pagamento dos empréstimos.
É possível que os fundos recebam valores que estão retornando dos empréstimos feitos nos últimos dois anos. O FGO teve um aporte de 5 bilhões de reais do Tesouro Nacional em 2021 e de 38 bilhões de reais em 2020.
Mas, pela legislação atual, o dinheiro que retorna dos empréstimos concedidos deve voltar para o Tesouro Nacional. Para viabilizar que esses recursos fiquem nos fundos, é preciso aval do Congresso.
O governo pode enviar uma medida provisória sobre o tema ou trabalhar pela aprovação do projeto de lei 3188/2021, que trata do assunto e já passou pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O texto adia a devolução dos recursos para 2025.