Dinheiro: dívida líquida do setor público nesse cenário ficaria em 69,9% do PIB (Mario Tama/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de julho de 2020 às 13h12.
Última atualização em 2 de julho de 2020 às 17h06.
Com o avanço da pandemia do coronavírus, o Ministério da Economia revisou os números e passou a prever um déficit do setor público em 2020 de R$ 828,6 bilhões, o equivalente a 12% do Produto Interno Bruto (PIB). Em maio, a estimativa era de resultado negativo de R$ 708,7 bilhões (9,9% do PIB).
Os dados divulgados nesta quinta-feira, 2, consideram que a economia terá retração de 6,5% neste ano - a pasta utilizou a projeção para o PIB do Boletim Focus.
Nesse cenário, o déficit do governo central em 2020 é estimado em R$ 795,6 bi (11,5% do PIB). O impacto primário das medidas relacionadas ao combate à pandemia é projetado em 7,5% do PIB.
O Ministério da Economia também revisou as projeções para a dívida neste ano, frente ao avanço da pandemia do coronavírus. No cenário mais pessimista, que considera um recuo de 8,5% no PIB deste ano, a dívida bruta do governo geral ultrapassa 100% do PIB, ficando em 100,6%.
O cenário base considera retração de 6,5% na economia (conforme projeção do Boletim Focus). Nesse caso, a dívida bruta do governo geral chega a 98,2% do PIB neste ano.
Já a dívida líquida do setor público nesse cenário ficaria em 69,9% do PIB. A necessidade de financiamento chega a 16,9% do PIB.
No pior cenário, a dívida líquida fica em 71,7% e a necessidade de financiamento em 17,6%.
No mais otimista, que considera um recuo de 4,5% no PIB, a dívida bruta fica em 95,6% do PIB neste ano. A dívida líquida chega a 95,8% e a necessidade de financiamento a 16,3% do PIB.