Economia

Governo não prevê mudanças nas decisões sobre pré-sal

O secretário do MME também descartou o uso de leilão de prospectos do pré-sal como ferramenta para ampliar a arrecadação do governo em cenário de crise


	Pré-sal: "Necessidade de caixa do Tesouro não será resolvida com a venda de grandes prospectos do pré-sal", disse o secretário Marco Antonio Almeida
 (.)

Pré-sal: "Necessidade de caixa do Tesouro não será resolvida com a venda de grandes prospectos do pré-sal", disse o secretário Marco Antonio Almeida (.)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 14h21.

Rio de Janeiro- Em meio à pressão da indústria petroleira por mudanças na legislação do pré-sal, o governo considera as decisões no setor "estratégicas" e não prevê mudanças no curto prazo.

A avaliação é do secretário executivo de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antonio Almeida. Segundo ele, um leilão de áreas do pré-sal pode ocorrer entre 2016 e 2017, mas "a decisão ainda não está tomada".

Almeida também descartou o uso de leilão de prospectos do pré-sal como ferramenta para ampliar a arrecadação do governo em cenário de crise econômica.

"Necessidade de caixa do Tesouro não será resolvida com a venda de grandes prospectos do pré sal. Não faremos nenhuma venda de prospectos do pré-sal nesse ano. E 2016, talvez. Decisão não está tomada", afirmou.

"Não é o fato de a Petrobras ter dificuldade momentânea de investimento que leva o governo a não ofertar áreas de pré-sal. É uma decisão estratégica. Pode vir em 2016, pode ser 2017", reafirmou Almeida, durante palestra.

Segundo o secretario, "outra lógica" norteia os leilões em áreas do pré-sal, a partir de uma análise estratégica e política sobre a expectativa de produção do País.

"Nossa curva de produção não está sendo construída com base nas rodadas de concessão. Nosso planejamento não considera essa produção, e sim do pré-sal. Quanto vou exportar de petróleo? Isso sim leva a minha tomada de decisão sobre rodadas do pré sal", reforçou Almeida.

Em defesa do atual modelo, o secretário disse que não considera estabelecer um calendário de novas licitações de áreas de exploração de petróleo no modelo de concessão ou de partilha. A avaliação é que haja um "compromisso" de rodadas de concessão a cada dois anos.

"Não vamos fazer calendário de rodadas; vamos fazer a cada dois anos", disse o secretário, citando fatores como preço de óleo e expectativa de investimentos na cadeia local de petróleo, com contratação de prestadores de serviço para atividade exploratória.

"Conjunção desses fatores que leva a assumir compromisso a não levar mais de dois anos entre as rodadas, mas não queremos ter obrigação de fazer rodada sem ter coisas interessantes e atrativas", indicou Marco Antonio, em seminário promovido pela FGV Energia, no Rio.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaMinistério de Minas e EnergiaPetróleoPré-sal

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto