Economia

Governo não dará dinheiro a companhias aéreas, diz ministro

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, disse que o governo federal não vai injetar dinheiro diretamente nas companhias aéreas

Painel de voos em aeroporto: segundo ministro, a saúde financeira das empresas não pode ser garantida às custas do contribuinte (Wilson Dias/ABr)

Painel de voos em aeroporto: segundo ministro, a saúde financeira das empresas não pode ser garantida às custas do contribuinte (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 11h53.

Rio de Janeiro - O ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Moreira Franco, disse hoje (23) que o governo federal não vai injetar dinheiro diretamente nas companhias aéreas. Segundo ele, a saúde financeira das empresas não pode ser garantida às custas do contribuinte. Moreira Franco disse, no entanto, que o governo pode ajudar com isenções, de forma criteriosa.

Ele disse que, na semana passada, houve uma reunião com representantes das quatro principais empresas aéreas brasileiras, durante a qual as companhias fizeram uma série de pedidos ao governo, que serão analisados nos próximos dias. “Eles pedem mudanças no critério de preço do combustível [querosene de aviação]. Eles querem que se pratique o preço internacional. Eles afirmam que [aqui] está mais caro do que lá fora. Outro pedido é que se aprove a Emenda Dornelles, que leve para o setor de aviação as isenções que são dadas ao transporte coletivo nas áreas urbanas. Eles solicitam a extensão à isenção que é dada à aviação regional das tarifas aeroportuárias a todos os aeroportos”, disse Moreira Franco.

De acordo com o ministro, o governo já fez o possível. “Por exemplo, já isentou a folha e criou o programa de aviação regional, que vai permitir que a operação das companhias aumente e se dê com mais segurança. Também já isentou as tarifas dos aeroportos regionais.”

O governo está construindo uma estrutura aeroportuária no país que, para funcionar bem, precisa de companhias aéreas robustas, segundo Moreira Franco. Ele defendeu ainda mudanças no Código Brasileiro de Aeronáutica, o qual considera muito antigo. Para ele, é importante, por exemplo, se discutir a participação do capital estrangeiro nas companhias aéreas, hoje restrito a 20% das ações da empresa.

Em entrevista à imprensa, o ministro também disse que o governo pediu às companhias aéreas que coloquem voos extras durante a Copa do Mundo de 2014, para garantir que haja ligação direta entre as 12 cidades-sede da competição. Segundo ele, as empresas receberam bem o pedido, mas ainda não deram uma resposta.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAviaçãoGovernoInvestimentos de governoSetor de transporteTransportes

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto