Economia

Governo não avalia no momento elevar Cide para gasolina

O governo não avalia no momento elevar a Cide para gasolina, diz o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia


	Bomba de gasolina em posto: o setor sucroalcooleiro apresentou uma demanda para elevar o imposto em sua primeira reunião com o novo ministro
 (Jeff Pachoud/AFP)

Bomba de gasolina em posto: o setor sucroalcooleiro apresentou uma demanda para elevar o imposto em sua primeira reunião com o novo ministro (Jeff Pachoud/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 16h25.

São Paulo  - O governo brasileiro não avalia no momento elevar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para gasolina, uma reivindicação do setor sucroalcooleiro para dar mais competitividade ao etanol, afirmou nesta segunda-feira o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles.

"Não há discussão no momento dentro do ministério em relação a um possível aumento no imposto sobre a gasolina " disse Dornelles, nos bastidores de um evento sobre etanol em São Paulo.

"O setor sucroalcooleiro apresentou uma demanda para elevar o imposto em sua primeira reunião com o novo ministro, algumas semanas atrás, mas o próprio presidente disse que isso não é uma prioridade", disse.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, assumiu o cargo logo após o presidente interino Michel Temer começar seu governo em 12 de maio, substituindo a presidente afastada Dilma Rousseff, que enfrenta um julgamento de impeachment por alegações de manipulação das contas públicas.

O setor sucroalcooleiro do país acredita que o governo deve usar o imposto para valorizar a contribuição ambiental do etanol. Um imposto maior sobre a gasolina estimularia o uso do biocombustível no Brasil, ajudando a reduzir as emissões de carbono.

O valor da Cide atualmente é de 0,10 real por litro de gasolina.

O setor sucroalcooleiro gostaria que o imposto fosse elevado a 0,60 real por litro. Dornelles observou que o Ministério de Minas e Energia não está lidando com os preços dos combustíveis, que agora são vistos como uma tarefa exclusiva da Petrobras.

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