Economia

Governo mantém projeção do PIB em 2,3% e revisa inflação para 4,9%

A estimativa é que o PIB tenha um crescimento mais fraco em relação a 2024; a previsão de inflação ficou acima do teto da meta

Projeção foi divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério da Fazenda (Leandro Fonseca/Exame)

Projeção foi divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério da Fazenda (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
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Publicado em 19 de março de 2025 às 11h07.

Última atualização em 19 de março de 2025 às 11h19.

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O governo manteve a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,3% para 2025. Para 2026, a estimativa está indicada em 2,5%. A projeção foi divulgada nesta quarta-feira, 19, pelo Ministério da Fazenda. A previsão de inflação também foi revisada para cima, de 4,8%, para 4,9%, fora do teto da meta - a meta é de 3%, podendo variar até 4,5%.

”Incertezas cresceram no ambiente externo nos últimos meses. Políticas do governo americano relacionadas à imposição de tarifas de importação, cortes de pessoal e restrições à imigração têm gerado tensões comerciais e geopolítica, intensificando o quadro de incertezas e a volatilidade nos mercados globais”, diz o boletim macrofiscal.

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A projeção do PIB foi impulsionada pelo setor agropecuário que, segundo o Secretaria de Política Econômica (SPE), deve crescer 6%. A indústria e os serviços também devem avançar, com alta de 2,2% e 1,9%, respectivamente. A SPE ainda destaca que, apesar do crescimento no primeiro trimestre, a atividade econômica tende a desacelerar ao longo do ano, refletindo um cenário global mais incerto e a política monetária restritiva.

A inflação acumulada em 12 meses até fevereiro foi de 5,1%, impactada principalmente pelo aumento nos preços monitorados, como energia elétrica e transportes, e pela alta dos bens industriais. Em contrapartida, a inflação de alimentos desacelerou, passando de 8,2% em dezembro para 7,1% em fevereiro, puxada pela queda nos preços de itens como batata, banana e leite.

A equipe econômica também pontuou que as medidas tomadas para conter o avanço nos preços dos alimentos podem contribuir para a melhora do cenário, assim como a manutenção do câmbio em um patamar mais próximo de US$ 5,80.

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