Arcabouço fiscal: Padilha classificou o MDB como um partido "estratégico" para o governo (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 16 de maio de 2023 às 19h01.
Última atualização em 16 de maio de 2023 às 19h05.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira, 16, que a expectativa do governo é que se possa votar a urgência do marco fiscal na quarta-feira, 17, e o mérito, na próxima semana. De acordo com ele, tal calendário tem o aval de líderes de partidos, inclusive de oposição.
"A expectativa é que a gente possa, de fato, votar, cumprir aquilo que foi estabelecido no acordo com líderes no dia de ontem, na reunião dos líderes com a presidência da Câmara, a gente possa votar a urgência do marco fiscal no dia de amanhã e trabalhar a votação do mérito na próxima semana", disse o ministro, após reunião com líderes do MDB e ministros indicados pelo partido nesta terça-feira. "Tenho ouvido de líderes, também de partidos que se declaram de oposição, a vontade de estar junto na votação seja no requerimento de urgência, seja no mérito."
Na expectativa do governo em relação ao Congresso, Padilha disse ter falado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ontem para que se possa concluir a votação das medidas provisórias (MPs) do governo anterior no Senado até a próxima semana.
Em relação às recentes derrotas do governo federal, Padilha disse que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Cidades, Jader Filho, têm tido um papel de esclarecer as dúvidas dos senadores sobre os decretos de saneamento. "Neste momento, o esforço do governo é de esclarecimento", reforçou.
Padilha ainda afirmou que recebeu nesta terça-feira, 16, garantia do MDB de que a bancada do partido na Câmara estará em peso na votação a favor da urgência do marco fiscal. De acordo com o ministro, a legenda trabalhará para que outros partidos, inclusive de oposição, votem a favor da proposta.
"O líder do MDB [Isnaldo Bulhões] disse que a bancada está em peso, de forma unitária, unida, na votação a favor da urgência do marco fiscal e também em concordância total sobre o que tem se construído na liderança de Haddad [Fernando Haddad, ministro da Fazenda] e Tebet [Simone Tebet, ministra do Planejamento], equipe econômica do governo, no mérito do marco fiscal", disse, após reunião com líderes do MDB e ministros indicados pelo partido nesta terça-feira.
Rui Costa, que foi chamado mas não compareceu às reuniões de articulação com PSD e PSB, marcou presença na com o MDB. O movimento é um aceno à maior aproximação que pretende ter com parlamentares.
Padilha classificou o MDB como um partido "estratégico" para o governo. Segundo o ministro, a bancada considerou a proposta do arcabouço fiscal equilibrada, calibrada e que reafirma a responsabilidade fiscal com o social.