Segundo Delcídio Amaral, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, fundo de desenvolvimento regional deve estimular atração de investimentos dos Estados que perderão arrecadação do imposto (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2012 às 17h50.
Brasília - O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), informou nesta terça-feira que o governo federal quer levar adiante o projeto de unificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Segundo ele, a ideia em estudo no Executivo é criar um fundo de compensação durante o período de transição das alíquotas atuais, de 7% e 12%, para a de 4%. O processo deve durar cerca de oito anos.
Ao mesmo tempo, completou Delcídio, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) legalizaria todos os incentivos concedidos até o momento. Ele participou nesta manhã da reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com lideranças da base aliada do Senado.
A estratégia, segundo o senador, serviria para cumprir o acordo firmado entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), que havia declarado inconstitucional esse tipo de incentivo, mas não tinha editado uma súmula para ampliar a decisão a todos os benefícios já concedidos.
O presidente da CAE disse que outro fundo, de desenvolvimento regional, deve ser criado para estimular no longo prazo a atração de investimentos dos Estados que vão perder arrecadação com as mudanças do ICMS.
Segundo ele, citando números divulgados por Mantega na reunião, estão previstos investimentos da ordem de R$ 172 bilhões ao longo de 16 anos, numa média de R$ 13 bilhões anuais até 2028. "Nós sabemos que não vai dar para fazer este ano, mas só o fato de colocar na discussão, mobilizar o Confaz, mobilizar o Senado, isso já é uma nova sinalização", afirmou Delcídio, que é relator de uma proposta que unifica as alíquotas do ICMS na comissão que preside.