Economia

Governo lança Pró-Infra com meta de elevar investimento em infraestrutura

Com três metas a serem cumpridas até o fim do governo Bolsonaro, objetivo é estimular o investimento privado no setor

Infraestrutura: governo lança programa para estímulo de investimento no setor (levkr/Getty Images)

Infraestrutura: governo lança programa para estímulo de investimento no setor (levkr/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 16h48.

O governo federal lançou nesta quinta-feira, 1, em São Paulo, o Pró-Infra, programa destinado a estimular o investimento privado em infraestrutura no Brasil, tendo como uma de suas metas elevar os aportes em infraestrutura como proporção do PIB de 1,6% para 3,8% até 2022.

O secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, participa do evento e disse que o programa terá três metas a serem alcançadas até 2022, último ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Uma segunda meta do programa é elevar o estoque de investimento em infraestrutura, de 36% para 38% do PIB. Há ainda um terceiro objetivo: fazer o Brasil subir 10 posições em ranking global de competitividade, feito pelo Fórum Econômico Mundial, de 81º para 71º.

Segundo Costa, o programa vai se basear em três pilares: reduzir a participação dos recursos públicos nos investimentos, a partir de um aumento da importância dos recursos privados; desenhar os mercados setoriais, para que o ambiente seja adequado e o retorno social seja maior; e fazer um planejamento de longo prazo claro, estável e intersetorial, com foco em eficiência econômica.

"Se fizermos um bom trabalho o Brasil vai voltar a crescer mais de 4% ao ano. Basta recuperarmos nos próximos oito anos a produtividade perdida nas últimas décadas, corrigindo o caminho equivocado que foi trilhado", disse o secretário. "Mas, aumentando a produtividade, vamos começar a enfrentar alguns gargalos", ponderou em seguida, em referência à necessidade de investimentos em infraestrutura.

O secretário afirmou ainda que o investimento público vai cair em participação não só porque o governo está quebrado, mas porque o setor privado conta com mais eficiência. "O investimento privado vai fazer a alocação correta dos recursos", disse.

Costa lamentou que o Brasil não tenha uma metodologia de análise econômica para grandes projetos, mas que isso tem mudado a partir de um novo trabalho feito pelo governo, com a Secretaria de Desenvolvimento da Infraestrutura (SDI). "Isso é importante. Já tivemos uma metodologia na década de 1960, mas isso foi perdido", disse.

O secretário reforçou que o governo pretende reduzir a carga tributária como proporção do PIB no longo prazo. "Não queremos carga de 34%, na medida em que a média dos países com o nosso nível de renda é 22%. O ministro Paulo Guedes (Economia) já disse que a meta de longo prazo é que a carga seja de 20% do PIB", afirmou.

Em seguida, ele afirmou que o governo não vai reduzir a carga de "maneira atabalhoada". A ideia, segundo o secretário, é que o governo mantenha o gasto público de maneira constante em termos nominais, enquanto o PIB cresce, fazendo a proporção da carga cair com o tempo.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroInfraestruturaMinistério da Infraestrutura

Mais de Economia

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad