Shinzo Abe: se orçamento que Executivo de Abe pretende apresentar no Parlamento no início de ano for aprovado, verba superaria em 3,53% pacote para 2013 (Ahim Rani/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 07h48.
Tóquio - O governo do Japão deu sinal verde nesta terça-feira a um plano orçamentário recorde para 2014 no valor de 95,88 trilhões de ienes (R$ 2,18 trilhões) com o objetivo de terminar com a deflação e diminuir a enorme dívida pública japonesa.
Se este projeto orçamentário que o Executivo do conservador Shinzo Abe pretende apresentar no Parlamento no início de ano for aprovado, a verba superaria em 3,53% o pacote para 2013.
Os incrementos mais destacáveis correspondem às despesas em seguridade social, obras públicas e defesa.
O custo no primeiro deles superaria pela primeira vez os 30 trilhões de ienes perante o progressivo envelhecimento da população japonesa e os custos que isso acarreta.
A despesa em obras públicas, um pilar no plano de reforma econômica de Abe, aumentaria em 12,9%, o segundo aumento anual consecutivo, até alcançar os 5,97 trilhões de ienes.
Por outra parte, a ênfase do governo em reforçar a segurança nacional perante o avanço militar da China na região explica o aumento do orçamento das Forças de Autodefesa 2014 em 2,8% até os 4,88 trilhões de ienes.
O gabinete também traçou uma verba de 5,44 trilhões de ienes para educação e pesquisa científica e tecnológica, outra das prioridades do governo de Abe.
Além disso, uns 3,65 trilhões se destinariam a acelerar a reconstrução das zonas devastadas pelo tsunami de 2011 e a descontaminação das áreas afetadas pelo acidente na usina nuclear de Fukushima.
Para melhorar sua saúde fiscal, o governo prevê reduzir sua emissão de bônus em 3,73% com relação ao exercício anterior e situá-la nos 41,25 trilhões de ienes.
Apesar do corte, isto significa que 43% do orçamento se financiaria em 2014 com a emissão de novos títulos.
A dívida pública do Japão é a maior do mundo industrializado e em setembro alcançava os 1,01 quatrilhões de ienes (R$ 22,9 trilhões), mais de duas vezes o PIB nacional.