Economia

Governo grego diz que tomará "novas medidas"

Medidas seriam adotadas a partir de quinta-feira


	Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia
 (REUTERS/Grigory Dukor)

Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia (REUTERS/Grigory Dukor)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2015 às 14h45.

Atenas - O governo grego tomará "novas medidas" a partir de quinta-feira, quando está previsto que receba o primeiro desembolso do terceiro resgate estipulado com as instituições credoras, informaram neste domingo fontes do Executivo.

Essas fontes, que não indicaram quais serão as ações, disseram que o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, "estará no palácio presidencial na terça-feira, quando se reunirá com a equipe econômica. A partir de 20 de agosto em adiante, terá reuniões com membros do governo a fim de determinar novas medidas".

Após a divisão interna que gerou a aprovação do resgate no partido governante Syriza, pois até 47 deputados se negaram a votar a favor do plano, a imprensa local, citando fontes do Executivo heleno, assegurou que Tsipras convocará uma moção de confiança após o dia 20, embora este extremo ainda tenha sido confirmado oficialmente.

Está previsto que no dia 20 ocorra o primeiro desembolso do programa, 13 bilhões de euros, para que Grécia possa fazer frente ao pagamento de 3,4 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE), que vencem nesse mesmo dia.

"Até a assinatura do contrato com o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e o pagamento do importe previsto, o governo se dedicará à realização dos procedimentos técnicos e está à espera do resultado da votação no parlamento Europeu", disseram as mesmas fontes.

Após obter o respaldo do parlamento heleno e do Eurogrupo na sexta-feira passada, os Parlamentos da Alemanha, Finlândia, Áustria, Holanda, Estônia e Eslováquia devem decidir agora se apoiam o programa.

Se finalmente obtiverem o respaldo desses países, o resgate à Grécia terá uma vigência de três anos e poderá chegar aos 86 bilhões de euros. 

Acompanhe tudo sobre:ÁustriaCâmbioCrise gregaEstôniaEuroEuropaFinlândiaGréciaHolandaMoedasPaíses ricosPiigsZona do Euro

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo