Economia

Governo federal arrecada R$ 172,3 bilhões em agosto, o maior registro desde 1995

A arrecadação de impostos subiu 8,21% em relação a agosto de 2021

No acumulado do ano, o resultado de R$ 1,4 trilhão em 2022 (LightRocket/Getty Images)

No acumulado do ano, o resultado de R$ 1,4 trilhão em 2022 (LightRocket/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 13h47.

A arrecadação federal somou R$ 172,3 bilhões em agosto, uma alta de 8,21% na comparação ajustada pela inflação com o mesmo mês de 2021. O registro é o maior para o mês desde o início da série histórica da Receita Federal em 1995.

As informações foram divulgadas pela Receita Federal nesta terça-feira. No acumulado do ano, o resultado de R$ 1,4 trilhão em 2022 é 10,17% maior do que o R$ 1,2 trilhão registrado até agosto de 2021.

Assim como nos meses anteriores, o principal elemento que contribuiu para uma arrecadação mais forte foi a alta na arrecadação do IRPJ e do CSLL, que ficou em 27,16% e aponta uma lucratividade maior das empresas no período.

Houve também um crescimento de 52,% na arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre capital, que reflete o impacto da alta na Selic, que atualmente está em 13,75%, nos rendimentos de fundos e títulos de renda fixa.

Segundo a Receita, dois fatores diminuíram a arrecadação. A redução de alíquotas de Imposto de Importação de alguns produtos do setor automotivo, de bens de informática e alimentos, além da redução de IPI, PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis.

Alta da arrecadação desde 2021

Os números registrados pela arrecadação estão atingindo níveis históricos desde o ano passado. O governo vê essa elevação como estrutural, mas analistas alertam para o efeito da inflação que costumam inflar a arrecadação de impostos.

Veja também:

Banco Mundial prevê que China vai crescer só 2,8% este ano, metade da meta do PC chinês

Queda da libra é um sinal de retorno à desordem econômica dos anos 80?

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraImpostosreceita-federal

Mais de Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

“Não acredito em dominância fiscal e política monetária fará efeito sobre a inflação”, diz Haddad

China alcança meta de crescimento econômico com PIB de 5% em 2024

China anuncia crescimento de 5% do PIB em 2024 e autoridades veem 'dificuldades e desafios'