Economia

Governo faz pente-fino sobre aplicação externa

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, está empenhado em fechar as brechas para ingresso de capitais de curto prazo

Mantega escalou alguns técnicos para olharem com muita atenção os dados de investimentos estrangeiros diretos no Brasil  (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Mantega escalou alguns técnicos para olharem com muita atenção os dados de investimentos estrangeiros diretos no Brasil (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2011 às 14h30.

São Paulo - O governo resolveu olhar com lupa o ingresso de investimentos estrangeiros diretos (IED) diante das suspeitas de que investidores poderiam estar usando essa porta de entrada para fazer outras aplicações e fugir do pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A preocupação já existia desde o início do ano, quando a alíquota do tributo foi elevada. Mas a equipe econômica resolveu desenvolver mecanismos mais fortes de rastreamento, para saber para onde, efetivamente, o dinheiro está indo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está empenhado em acompanhar esses movimentos de perto para fechar as brechas para ingresso de capitais de curto prazo, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo. Para isso, ele escalou alguns técnicos para olharem com muita atenção os dados do IED.

A Receita Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) devem participar do esforço. A avaliação interna é que as portas de entrada de capital especulativo estão diminuindo, mas o mercado acaba criando mecanismos para burlar a tributação. "O jogo é esse. Vamos continuar fechando as brechas. Ninguém está dormindo", disse uma fonte do governo.

Embora o Banco Central (BC) negue publicamente que tenha identificado que a conta de IED esteja sendo usada para fazer investimento em renda fixa e variável, a área técnica do banco também está reforçando os controles e o monitoramento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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