O ministro da Fazenda, Guido Mantega: Mantega anunciou um novo modelo de concessão de rodovias para atrair investimentos. (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 12h24.
São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou hoje (4) que a previsão do governo é que até o final deste semestre todas as licitações de ferrovias estejam feitas. “Daqui a um mês, começaremos a fazer todos os leilões”, informou Mantega, durante o fórum Infraestrutura e Energia no Brasil: Projetos, Financiamentos e Oportunidades, que ocorreu na capital paulista.
O ministro destacou a importância de o Brasil construir uma extensa agenda de investimentos, “fundamental para viabilizar o crescimento sustentável do país”. Ele anunciou durante o evento um novo modelo de concessão de rodovias para atrair investimentos.
Mantega reforçou que existe uma correlação forte entre investimento e crescimento. Por isso, defendeu o esforço do setor público no investimento direto, ampliado nos últimos anos. “Mas não é suficiente para [o país] deslanchar”, disse.
Na presença dos empresários, Mantega defendeu que o país traz condições favoráveis para os investimentos na área de infraestrutura, já que tem, atualmente, seus principais gastos sob controle ou estacionados.
Como exemplos, o ministro disse que o principal gasto, o da Previdência Social, está “sob controle”, assim como as despesas com folha de pagamento de pessoal, segunda maior do governo. Quanto aos juros, terceira maior despesa, apresentam uma trajetória de queda, de acordo com Mantega.
“O Brasil reúne condições para ter crescimento sustentável: tem bases sólidas, fundamento fiscal e política fiscal sólidas, buscando superávits primários fortes, mantendo a redução da dívida pública, mesmo no período de crise”, disse.
Mantega declarou ainda que o governo fará novas reduções de tributos, ainda este ano. “Só no ano passado, fizemos desoneração equivalente a 1% do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro”.
Ele exemplificou citando as desonerações feitas na folha de pagamentos, que visam a reduzir o custo da mão de obra. Segundo o ministro, medidas como essas são importantes para os investidores, uma vez que o atual quadro de quase pleno emprego que o país vive, embora bom para a população, gera problemas aos empreendedores.