Economia

Governo estuda concessão simples para rodovias menos movimentadas

Segundo diretor de parceria do Ministério dos Transportes, a ideia é contemplar rodovias cuja movimentação não viabilizaria o modelo mais usado

Rodovias: "é uma maneira de fazer uma concessão mais simples, com prestação mais leve de serviços" (CNT/Divulgação)

Rodovias: "é uma maneira de fazer uma concessão mais simples, com prestação mais leve de serviços" (CNT/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 25 de maio de 2017 às 20h28.

Brasília - O governo federal está estudando uma modelagem simplificada de concessão de rodovias para aplicar em trechos federais em que não é viável aplicar o padrão clássico de gestão pela iniciativa privada, disse nesta quinta-feira o diretor do departamento de parcerias do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Fábio Freitas.

Segundo ele, a ideia é contemplar rodovias cuja movimentação de veículos não viabilizaria o modelo mais usado de concessões, que depende apenas do pedágio para se remunerar e para o qual são exigidos pesados investimentos, como duplicações.

"Como estamos com menos orçamento para manutenção de rodovias, é uma maneira de fazer uma concessão mais simples, com prestação mais leve de serviços", disse Freitas, explicando que esses contratos teriam menos exigências, como de construção de terceiras faixas, passarelas e serviços de manutenção.

Nesse novo modelo, que deve começar a ser implementado a partir do ano que vem, após a conclusão dos estudos, também haveria cobrança dos usuários das estradas, via pedágio.

Mas a remuneração do concessionário seria fixa, baseada no que o investidor ofereceu no lance para ganhar o contrato. Nos trechos em que a arrecadação superar o valor fixo da remuneração do concessionário, essa sobra vai para um fundo que está sendo chamado de Conta de Desenvolvimento Rodoviário (CDR).

Esse mesmo fundo, por sua vez, cobriria a remuneração dos concessionários nos trechos em que o pedágio for insuficiente para remunerá-los.

O fundo deve receber um aporte inicial do governo, mas o valor ainda não foi definido, segundo Freitas.

Além disso, a CDR deve receber recursos das novas concessões clássicas de rodovias.

"Estamos discutindo se seria um valor dentro da tarifa ou se um porcentual sobre o faturamento", disse o diretor, após participar de evento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília.

Segundo ele, o universo de rodovias em estudo para essa nova modelagem varia entre 3,5 mil e 4 mil quilômetros, mas não necessariamente será lançada com toda essa malha.

Acompanhe tudo sobre:ConcessõesEstradasGoverno

Mais de Economia

Governo publica norma que suspende todos os acordos entre INSS e associações

Lupi defende fim de desconto automático na folha de aposentados para evitar fraudes

Aneel adia novamente reajuste nas contas de luz da Light após diretoria prolongar análise

Regulação do vale-refeição e do vale-alimentação é de alçada do Ministério do Trabalho, diz Galípolo