Economia

Governo estuda aumentar tributos para ajustar contas em 2016

Segundo fontes, o governo considera elevar a Cide e outros tributos para equilibrar as contas do ano que vem


	Real: o governo negocia com o relator do Orçamento 2016 para reduzir a projeção de arrecadação com a volta da CPMF no próximo ano, dizem fontes
 (Agência Brasil)

Real: o governo negocia com o relator do Orçamento 2016 para reduzir a projeção de arrecadação com a volta da CPMF no próximo ano, dizem fontes (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 17h32.

São Paulo - O governo brasileiro está considerando elevar a Cide e outros tributos para equilibrar as contas públicas no próximo ano, conforme diminuem as esperanças de que o Congresso Nacional aprove a controversa CPMF em tempo, disseram três fontes nesta sexta-feira.

O governo da presidente Dilma Rousseff está em negociações com o relator do Orçamento 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), para reduzir a projeção de arrecadação com a volta da CPMF no próximo ano, atualmente em 32 bilhões de reais.

O deputado informou à Reuters na quinta-feira que vai retirar a estimativa de receita com a CPMF do Orçamento devido às incertezas em relação à aprovação da medida.

"Estamos em negociações com o relator para incluir uma projeção parcial de receita com a CPMF", disse um assessor da presidente Dilma na condição de anonimato porque o assunto ainda não é público.

"O buraco vai ser coberto com uma elevação da Cide e de ouros tributos".

A arrecadação com a CPMF representa metade do pacote de austeridade que a presidente Dilma e a equipe econômica estão tentando implementar para gerar um superávit primário no próximo ano e reconquistar a confiança de investidores.

Mas Dilma perdeu apoio no Congresso, conforme sua popularidade permanece em mínimas recordes e a economia enfrenta sua pior recessão em 25 anos.

Representantes do governo alertaram que o aumento da Cide, que não requer aprovação do Legislativo, poderia pressionar a inflação que já está perto de dois dígitos.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento não retornaram imediatamente a pedidos de respostas. A reportagem não conseguiu entrar em contato com o deputado Barros.

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