Economia

Governo e empresas privadas têm cortado serviços, diz IBGE

O crescimento de apenas 1,6% na receita nominal do setor de serviços em janeiro foi causada pelo corte de gastos do governo e de empresas privadas


	Informática: os serviços de informática sofreram o maior impacto
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Informática: os serviços de informática sofreram o maior impacto (.)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2015 às 11h26.

Rio de Janeiro - O crescimento de apenas 1,6% na receita nominal do setor de serviços em janeiro foi causada pelo corte de gastos do governo e de empresas privadas, sobretudo com serviços avançados, segundo Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Nós identificamos no mês de janeiro uma retração bastante significativa no setor de informação e comunicação. Tanto as empresas quanto o governo reduziram seus gastos em contratações, principalmente de serviços de informática. Foi um corte muito forte", apontou Saldanha.

Saldanha acrescenta que os cortes feitos pelo governo incluem as esferas federal, estadual e municipal, e são decorrentes das restrições orçamentárias que vêm sendo amplamente divulgadas.

"Os contratos não estão sendo renovados, estão sendo adiados. Nas empresas privadas também estão cortando seus gastos em serviços avançados, que incluem serviços de telecomunicação, informática e serviços técnico-profissionais, que aí abrange consultoria, publicidade e propaganda, e engenharia e arquitetura", enumerou ele.

O setor de serviços vinha de um crescimento nominal de 4,0% em dezembro, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços.

"Essa desaceleração no índice foi basicamente em função da redução na demanda por serviços avançados, tanto tecnologicamente quanto em termos de conhecimento", justificou o pesquisador.

O IBGE aponta que estão sendo mantidos os gastos com serviços administrativos e complementares, considerados básicos.

"São aqueles que as empresas têm que manter, como serviços de portaria, limpeza, segurança. O que pode ser cortado ou adiado, as empresas estão cortando", frisou.

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