Economia

Governo dos EUA pode entrar no calote em março

Se o Congresso não elevar o teto da dívida, que será alcançado em 7 de fevereiro, os EUA ficarão sem caixa para pagar suas contas no início de março


	O secretário norte-americano do Tesouro, Jacob Lew: ele pediu aos parlamentares que tomem "medidas imediatas" para ampliar o limite de endividamento
 (GettyImages)

O secretário norte-americano do Tesouro, Jacob Lew: ele pediu aos parlamentares que tomem "medidas imediatas" para ampliar o limite de endividamento (GettyImages)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 06h09.

Washington - O governo dos Estados Unidos ficará sem caixa para pagar suas contas no início de março, se o Congresso não elevar o teto da dívida, que será alcançado em 7 de fevereiro, anunciou o secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, nesta quinta-feira.

Em uma carta ao Congresso, Lew pediu aos parlamentares que tomem "medidas imediatas" para ampliar o limite de endividamento mais uma vez. Em outubro, o Congresso já havia adotado uma medida nesse sentido, em meio a temores sobre um possível calote de pagamentos da primeira economia mundial.

Quando essa extensão expirar em 7 de fevereiro, os Estados Unidos alcançarão, mais uma vez, o limite de endividamento, disse Lew.

"Nesse momento, diante da ausência de ação do Congresso, o Tesouro se verá forçado a tomar medidas extraordinárias para continuar financiando o governo de maneira temporária", escreveu Lew na carta enviada ao porta-voz da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner.

Hoje, o Tesouro avalia que, utilizando essas medidas, "seremos capazes de ampliar a capacidade de endividamento da nação até final de fevereiro, ou início de março", explicou Lew.

Na carta, ele também comemorou o acordo bipartidário sobre o orçamento. Ontem, o Senado aprovou um orçamento para os próximos dois anos que reduz os cortes de gasto automáticos impostos por uma lei anterior e envia um sinal de maior estabilidade.

Lew disse que é "nesse espírito" que pede aos legisladores uma ação rápida sobre o teto da dívida.

Acompanhe tudo sobre:CaloteDívida públicaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto