Economia

Governo do PR se diz surpreso com reajuste da Copel

"Fui surpreendido com a decisão do governo federal de aumentar a luz em 35,05%", publicou o governador Beto Richa no Twitter


	Copel: há duas semanas, companhia de distribuição paranaense havia pedido reajuste menor
 (Divulgação)

Copel: há duas semanas, companhia de distribuição paranaense havia pedido reajuste menor (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 15h47.

São Paulo - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmou pelo Twitter que foi surpreendido pelo reajuste médio de 35,05% para a Companhia Paranaense de Energia (Copel), aprovado nesta terça-feira, 24, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

"Fui surpreendido com a decisão do governo federal de aumentar a luz em 35,05%", publicou o governador.

"Vamos pedir à Aneel a suspensão da aplicação para buscar uma solução junto com a Copel", acrescentou.

Há duas semanas, a companhia de distribuição paranaense havia pedido um reajuste menor, de 32,4% nas tarifas.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, rebateu o governador do Paraná, dizendo que a companhia de distribuição paranaense sabia do porcentual calculado pela Aneel e não pediu diferimento do processo, ou seja, adiamento de parte desse reajuste.

"A Copel pediu o reajuste e foi informada do porcentual encontrado pela Aneel e não pediu diferimento. É estranho (Richa) se declarar surpreso", disse Rufino. "Se a empresa pediu o diferimento agora, eu é que vou ficar surpreso", completou o diretor-geral.

Ele explicou que a empresa pode aplicar tarifas menores se quiser.

"O governador não precisa pedir à Aneel para aplicar um reajuste menor. A tarifa aprovada pela agência é o teto. A Aneel faz o cálculo segundo as regras do contrato de concessão e a metodologia do setor", acrescentou Rufino.

"Mas se a companhia quiser dar um desconto aos usuários este ano sem ter pedido o diferimento, ela não terá recomposição futura", destacou.

No ano passado, a Aneel autorizou reajuste de 14,61% em média, mas o governo do Paraná pediu diferimento e optou por aplicar um valor menor, de 9,55%.

Na decisão emitida em 2013, o órgão regulador havia determinado que essa diferença seria considerada em 2014, mas, embora o efeito econômico tenha entrado no reajuste aprovado hoje, o efeito financeiro será contemplado nos próximos processos tarifários.

As novas tarifas para 4,2 milhões de unidades consumidoras no Estado do Paraná entram em vigor a partir de hoje.

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