Economia

Governo diz que quer pagar até R$57 bi em pedaladas este ano

Na semana passada, o Congresso Nacional aprovou a alteração da meta de superávit primário do setor público consolidado deste ano


	Nelson Barbosa: "o governo pediu autorização para pagar esse ano até 57 bilhões (de reais)"
 (Reinaldo Ferrigno/Agência Câmara)

Nelson Barbosa: "o governo pediu autorização para pagar esse ano até 57 bilhões (de reais)" (Reinaldo Ferrigno/Agência Câmara)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 12h32.

São Paulo - O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta quarta-feira que o governo quer fazer o pagamento de até 57 bilhões de reais das pedaladas fiscais ainda este ano.

Segundo o ministro, é possível que o Tribunal de Contas da União (TCU) abra um prazo para o pagamento do passivo após a avaliação do recurso do governo em sessão do TCU prevista para esta quarta-feira.

"Independente disso, o governo pediu autorização para pagar esse ano até 57 bilhões (de reais), que é o valor identificado pelo Ministério da Fazenda", disse ele a jornalistas, ao participar do leilão de áreas portuárias em São Paulo.

Na semana passada, o Congresso Nacional aprovou a alteração da meta de superávit primário do setor público consolidado deste ano, permitindo déficit de até 117 bilhões de reais, valor que inclui as pedaladas fiscais no valor de 57 bilhões de reais.

A meta inicial para este ano era de superávit primário de 66,3 bilhões de dólares, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). O objetivo foi abandonado diante da persistente queda da arrecadação em meio ao cenário recessivo.

O país vem enfrentando dificuldades para melhorar o resultado fiscal ao longo do ano e, em outubro, o setor público --governo central, Estados, municípios e estatais-- teve o primeiro déficit primário para o mês, de 11,530 bilhões de reais. Em 12 meses, o saldo negativo é equivalente a 0,71 por cento do PIB.

O governo tem argumentado que tem como objetivo fazer economia para pagamento de juros da dívida pública em 2016, a fim de melhorar a confiança dos agentes econômicos.

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