Economia

Governo deve anunciar R$ 2,4 bi para armazenar etanol

Brasília - O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve anunciar esta semana as regras do programa que destinará R$ 2,4 bilhões à usinas interessadas em estocar etanol na safra 2010/2011. Segundo o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, a taxa anual de juros para esse financiamento específico ficará entre 8,5% e […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve anunciar esta semana as regras do programa que destinará R$ 2,4 bilhões à usinas interessadas em estocar etanol na safra 2010/2011. Segundo o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, a taxa anual de juros para esse financiamento específico ficará entre 8,5% e 9,5%. 

"O Ministério da Agricultura defendeu uma taxa de juros de 8,5%, mas sabemos que é difícil e deve ficar um pouco acima", disse Bertone à Agência Brasil.

O objetivo do programa é evitar as oscilações no combustível, que faz a gasolina ser mais vantajosa para os donos de carros flex em uma parte do ano. No ano passado, quando o governo lançou a nova modalidade de crédito, foram disponibilizados R$ 2,3 bilhões, mas apenas R$ 32,6 milhões foram captados.

Segundo o diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão de Souza, a baixa procura pelos recursos ocorreu por dois motivos. "Além da taxa de juros muito alta, de 11,25% ao ano, houve demora na chegada dos recursos aos bancos autorizados para fazer o empréstimo". Isso fez com que a indústria tivesse que gastar seu próprio capital de giro.

Souza disse que a indústria queria a taxa média para a agricultura, de 6,75%, mas sabia que seria difícil conseguir. Apesar disso, o diretor executivo da Unica, que representa cerca de 60% da produção de cana nacional, afirmou que o programa é importante para o setor. "Com ele, conseguiremos dar mais estabilidade aos preços, distribuindo melhor a oferta ao longo do ano."

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBiocombustíveisCombustíveisCommoditiesDados de BrasilEnergiaEtanolGoverno

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo