Economia

Governo de Israel aprova corte em defesa para conter déficit

Projeto de Orçamento tem o objetivo de reduzir os gastos e aumentar impostos para conter um déficit orçamentário crescente

Homem segura uma bandeira de Israel com as cores da Palestina em uma manifestação contra as novas medidas de austeridade fiscal (Amir Cohen/Reuters)

Homem segura uma bandeira de Israel com as cores da Palestina em uma manifestação contra as novas medidas de austeridade fiscal (Amir Cohen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 10h48.

Jerusalém - O governo de Israel aprovou nesta terça-feira o projeto de Orçamento de 2013-2014 com o objetivo de reduzir os gastos e aumentar impostos este ano e no próximo para conter um déficit orçamentário crescente.

Ministros aprovaram o pacote de gastos de 17 meses do Estado com cortes de pelo menos 25 bilhões de shekels (7 bilhões de dólares) entre agosto de 2013 e o final de 2014. Os gastos com defesa foram reduzidos em 3 bilhões de dólares, abaixo dos 4 bilhões propostos.

O ministro das Finanças israelense, Yair Lapid, havia advertido que a não implementação de cortes de gastos públicos poderia causar um colapso econômico. Espera-se que o aumento de impostos a partir de 2014 acrescente cerca de 13,4 bilhões de shekels à arrecadação.

Lapid disse que a votação foi "uma primeira etapa na mudança de vida das pessoas em Israel".

O Orçamento tranquiliza o Banco de Israel, que clama por um retorno à responsabilidade fiscal, mas irrita os eleitores de classe média, cujas apertadas finanças domésticas foram um importante tema na eleição de janeiro.

O déficit orçamentário de Israel foi de 4,2 por cento do produto interno bruto (PIB) no ano passado, mais do que o dobro de sua meta inicial, devido a gastos excessivos do governo anterior e à receita fiscal mais baixa do que o esperado, com a desaceleração economia.

A despesa total em 2013 será 388 bilhões de shekels, subindo para 408 bilhões em 2014.

O Parlamento tem de debater e aprovar o Orçamento até o final de julho para que possa entrar em vigor.

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